Inteligência alemã investiga grupo de até 50 islamitas em Wolfsburgo
Berlim, 15 jan (EFE).- A Procuradoria Federal alemã investiga um grupo islamita de Wolfsburgo (centro do país) que enviou sete membros para se unirem ao Estado Islâmico (EI) de modo a planejar ataques na Alemanha, informou nesta quinta-feira o jornal “Bild”.
O jornal popular, que publicou seis fotos dos jovens carregando armas pesadas e bandeiras do EI supostamente na Síria e no Iraque, indica que o núcleo do grupo é formado por dois jovens, que foram ao Oriente Médio no ano passado e retornaram à Alemanha nos últimos meses.
Um deles é Ayoub V., de 26 anos e origem alemã-tunisiana, investigado por suposto crime de “preparação de um grave ato de violência contra o Estado”. O jovem, que retornou do Iraque para Wolfsburg, seria o contato do EI no grupo da cidade alemã, segundo a investigação.
O outro jovem do núcleo desse grupo é Ibrahim B., de 25 anos, que está desde novembro em prisão preventiva após passar três meses na Síria e receber treinamento sobre explosivos e armamento pesado.
Além disso, o “Bild” identifica outros cinco jovens islamitas alemães do grupo que atualmente combatem com o EI na Síria ou no Iraque: Bilel H., de 25 anos; Mouhannid M., de 26 anos, Sofian e os irmãos Mohammed e Zaid B. F.
Esta é apenas uma das 300 investigações em curso contra supostos grupos islamitas. A inteligência alemã calcula que haja mais de 43 mil islamitas no país, dos quais aproximadamente mil pertencem ao cenário terrorista e cerca de 260 são capazes de perpetrar ataques e atentados.
Desde 2012, cerca de 600 alemães deixaram o país rumo à Síria e Iraque, sendo que 200 retornaram à Alemanha e 60 morreram em combate. EFE
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