Interesse externo em leis ambientais brasileiras é “duvidoso”, diz senadora
São Paulo, 24 mar (EFE).- A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) questionou nesta segunda-feira durante o Global Agribusiness Fórum, evento que reúne produtores agropecuários, o interesse internacional em uma legislação rígida para o agronegócio brasileiro, que classificou como “duvidosa”.
“Ninguém pergunta como é a legislação trabalhista brasileira e como é a legislação ambiental no país deles, sendo que em seus próprios países não há (leis rigorosas)”, declarou Kátia.
Em uma rápida apresentação, a senadora criticou ainda a burocracia e os órgãos estaduais de regulamentação ambiental, chamados por ela de “padaria de criação de dificuldades para vender facilidades” nos estados brasileiros.
“Estão fazendo normas como se fizessem pão para vender a milhares de pessoas”, disse.
Kátia Abreu ressaltou a necessidade de “focar menos em Brasília e mais nos deputados estaduais e secretários de meio ambiente” por meio de pressão política nas assembleias estaduais e órgãos ambientais.
“Tem governadores que pensam que um bom secretário de meio ambiente é um xiita fundamentalista de alguma ONG, quando na verdade o que nós queremos não é um ruralista num órgão de meio ambiente, mas uma pessoa imparcial, um técnico da melhor qualidade”, criticou a senadora, que disse considerar agricultores e pecuaristas como “vulneráveis” à burocracia ambiental.
De acordo com a senadora, a obrigatoriedade de o produtor brasileiro ter que manter 20% de reserva legal e a criação das áreas de preservação permanente (APP) estariam dificultando a competitividade.
“Não bastasse nossas dificuldades com a logística do país, com nossas rodovias, ferrovias e agora os nossos portos, nós temos ainda uma reserva legal”, criticou Kátia ao fazer referência ao Novo Código Florestal. EFE
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