Internet é restaurada na Coreia do Norte após 9 horas de interrupções

  • Por Agencia EFE
  • 23/12/2014 02h29
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Seul, 23 dez (EFE).- O serviço de internet na Coreia do Norte foi restaurado nesta terça-feira depois que várias páginas de veículos da imprensa oficial ficaram fora do ar por cerca de nove horas, um incidente que acontece depois que os Estados Unidos anunciaram que responderiam “de forma proporcional” ao ciberataque contra a Sony Pictures Entertainment.

Segundo a imprensa sul-coreana, os principais sites norte-coreanos permaneceram fora do ar, de forma descontínua, de 1h até as 10h45 locais desta terça-feira (14h às 23h45 de Brasília da segunda-feira), entre elas o da agência estatal de notícias “KCNA” e o do jornal “Rodong Sinmun”, dois veículos da imprensa oficial de Pyongyang.

Os sites da “KCNA”, do “Rodong” e outros portais do regime comunista voltaram a ser acessíveis, e não ocorreram mais interrupções.

Além disso, funcionaram com normalidade os sites do regime cujos servidores estão no exterior, como a página “Uriminzokkiri” e o jornal “Choson Sinbo” da comunidade norte-coreana no Japão.

Apesar de o regime norte-coreano não ter se pronunciado sobre o “blecaute” temporário, nem confirmado que o mesmo foi causado por um ataque cibernético, alguns meios da imprensa sul-coreana sugeriram a possibilidade de que o “apagão” seja uma represália dos Estados Unidos após o ataque cibernético contra a Sony Pictures Entertainment.

Um representante da Coreia do Norte na ONU comentou que a conexão de internet em seu país “permaneceu instável nas últimas horas e agora é impossível se conectar”, mas não ofereceu uma explicação sobre o motivo, em declarações oferecidas em Nova York ao jornal sul-coreano “Voz do Povo”.

Outros meios da imprensa sul-coreana afirmaram que a queda nas redes norte-coreanas poderia corresponder a um contratempo técnico ou a um problema interno na Coreia do Norte, devido à fragilidade das conexões nesse país.

De qualquer modo, o “apagão” gerou grande interesse, já que ocorre em plena polêmica iniciada com o ataque de hackers aos estúdios Sony.

Esse ataque cibernético, no qual foram roubados e divulgados milhares dos e-mails e dados dos funcionários da empresa entre o final de novembro e o início de dezembro, é considerado como uma ação de represália contra o filme “A Entrevista”, uma comédia que conta a história de um complô para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un.

A Sony cancelou a estreia do filme protagonizado por Seth Rogen e James Franco, que aconteceria no dia 25 de dezembro, depois que o mesmo grupo de hackers que assumiu a autoria do ataque cibernético, Guardians of Peace (Guardiões da Paz), ameaçou cometer atos terroristas contra as salas de cinema que decidissem exibi-lo.

Os EUA acusaram diretamente a Coreia do Norte de estar por trás do ataque, mas o regime norte-coreano negou taxativamente seu envolvimento e acusou o governo de Barack Obama de estar fazendo uma campanha de difamação contra o país. EFE

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