Inundações e seca, dois adversários opostos que São Paulo enfrenta
São Paulo, 20 fev (EFE).- A seca e as inundações voltaram a conviver nesta semana em São Paulo, com as fortes chuvas registradas nos últimos dias alagando alguns bairros da periferia da capital paulista onde, paradoxalmente, as torneiras já começaram a secar.
As intensas precipitações dos últimos dias deixaram 366 famílias isoladas na zona leste de São Paulo depois que o rio Tietê, um dos principais da cidade, subisse acima do nível no bairro Jardim Helena, obrigando os vizinhos a utilizarem botes para se locomover.
A prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira que adotará medidas para conter as inundações na região.
Entre elas está a construção de um reservatório na região, o que obrigará a desapropriação de alguns imóveis.
O prefeito, Fernando Haddad, ressaltou em entrevista coletiva que haverá mais controle para impedir que novos moradores se acomodem no leito do Tietê e garantiu “assistência e suporte” às famílias afetadas pelas inundações.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, só em fevereiro foram registrados 236 milímetros de chuva, 85,3 mm só no dia 17, quando começaram as inundações na região.
As precipitações dos últimos meses ajudaram a aumentar um pouco o nível dos principais reservatórios da capital, mas apesar disso os índices continuam em mínimos históricos. O governo estadual já alertou para um possível “racionamento drástico” a partir de março se a situação não melhorar. EFE
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