Inundações no Marrocos deixam 14 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 01/12/2014 10h49

Rabat, 1 dez (EFE).- As inundações causadas pelas fortes chuvas no Marrocos deixaram, no fim de semana, pelo menos 14 mortos, segundo informações recolhidas nesta segunda-feira pelos meios de comunicação.

As chuvas afetaram todo o país, mas especialmente a metade sul, abaixo do Alto Atlas, uma zona quase desértica e não acostumada a receber essa quantidade de chuva, por isso que os “ueds” (rios normalmente secos) transbordaram com grande facilidade.

Os meios de comunicação oficiais marroquinos reconheceram até meados de semana passada que os mortos já chegavam a 36, mas posteriormente deixaram de oferecer detalhes e são os meios privados, como “Al Massae”, “Ahdaz al Magrebiya” e “Ajbar al Yaum” que enviaram equipes ao local para fazer seus próprios relatos.

Algumas vítimas são crianças que foram arrastadas pelas águas, em outros casos idosos cujas casas desabaram sobre eles pela quantidade de chuva acumulada e também vários passageiros de táxis clandestinos que ignoraram as proibições de circular e atravessaram correntes que os levaram.

Todos os jornais estão há dias publicando fotografias de pontes caídas, estradas com vários quilômetros “interrompidas” pelas águas, assim como gente que ficou ilhada em cima de telhados.

As águas empurraram os restos humanos de um cemitério de Aglu, na província de Tiznit, ao sul de Agadir, enquanto na mesma Tiznit um pedaço da muralha histórica do século XIX veio abaixo.

O ministro do Interior marroquino, que no sábado se deslocou à zona acidentada por ordem do rei Muhammad VI, disse que há 15 helicópteros do Exército e da Gendarmaria mobilizados para resgatar as pessoas isoladas.

Além disso, há 250 povoados de diferentes tamanhos que ficaram incomunicáveis pela chuva e a neve, já que há 90 estradas interrompidas, algumas da rede nacional, e cujos habitantes necessitam de provisões. EFE

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