Investigação francesa não descarta possíveis falhas técnicas do avião
O general Jean-Pierre Michel, chefe dos investigadores franceses, afirmou neste sábado (28) que embora a investigação do acidente do avião da Germanwings tenha grande foco no papel e na personalidade do copiloto, outras hipóteses ainda não foram descartadas, como a de uma possível falha da aeronave.
“Embora seja necessário estabelecer prioridades em uma investigação, não temos o direito de descartar outras hipóteses, inclusive a mecânica, até que se prove que a aeronave não apresentava nenhuma dificuldade”, afirmou.
Enviado a Düsseldorf no comando da missão em parceria com a gendarmaria alemã, Michel disse à emissora “BFM TV” que as equipes ainda não dispõem de todos os elementos técnicos sobre o incidente e que a análise da segunda caixa-preta, caso seja encontrada, será “esclarecedora”.
O acidente aconteceu na terça-feira passada, quando o avião da filial de baixo custo da Lufthansa caiu nos Alpes franceses, supostamente por uma ação deliberada do copiloto, um alemão de 27 anos identificado como Andreas Lubitz.
“O avião pertencia a uma companhia alemã com tripulação e certo número de vítimas alemãs, por isso a polícia alemã se vê diretamente afetada”, acrescentou Michel, que garantiu que a França vai a colaborar “com total transparência”.
Segundo o investigador, toda informação adquirida pela França será transmitida à Alemanha “e vice-versa”, o que permitirá ajustar a investigação conjunta em função dos elementos disponíveis.
“A dificuldade está antes de tudo em saber por que o avião caiu e em quais condições, e em apresentar uma resposta às famílias”, disse o general, cujo deslocamento a Düsseldorf junto a outros dois especialistas franceses se prolongará, segundo ressaltou, “pelo tempo que for necessário”.
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