Investimento chinês na Espanha crescerá consideravelmente, indica relatório
Pequim, 25 set (EFE).- O investimento chinês na Espanha alcançou 409 milhões de euros em 2012 e deverá crescer consideravelmente no futuro, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira pela escola de negócios ESADE, em Pequim.
O estudo foi apresentado pela diretora do China Europe Club da ESADE, Ivana Casaburi, junto ao decano Josep Franch; a Wu Changqi, professor da escola de negócios Guanghua; e Sònia Recasens, vice-prefeita de Barcelona.
Segundo o relatório, o investimento na Espanha, que ocupa a oitava posição do fluxo de capital chinês na Europa (ou nono, se Luxemburgo foi considerado), terá um aumento em setores como tecnologia da informação, biotecnologia, energia e infraestrutura.
Casaburi afirma que uma das principais razões para que as empresas chinesas invistam na Espanha é “ampliar o mercado e os potenciais consumidores”.
O relatório ressalta que os maiores atrativos para a China investir na Espanha são a qualidade de recursos humanos, o acesso a outros mercados (mais especificamente o latino-americano e do norte da África), as infraestruturas portuárias e o bom clima de negócios.
Quanto ao investimento chinês na Europa (com Luxemburgo, França e Reino Unido entre os principais destinos), o estudo aponta que as aplicações foram feitas mediante a combinação de aquisições de tamanho maior ou menor, com mais de 700 novas operações de investimento.
Apesar dos números elevados, o investimento da China representa 0,67% do total recebido pela União Europeia, por isso a margem para o crescimento dos próximos anos é grande, explica o relatório.
“A situação na Espanha é um espelho do que está acontecendo na Europa. É totalmente proporcional”, comentou Casaburi.
A divulgação do levantamento coincide com a visita do presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, à China. Nesta quinta-feira, o espanhol se reuniu com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em Pequim e amanhã se encontrará com o presidente Xi Jinping.
Ambos os políticos testemunharam nesta quinta-feira a assinatura de 14 acordos bilaterais, que representam um valor de 3.150 milhões de euros. EFE
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