IPCA: inflação oficial fecha 2015 em 10,67%, maior taxa anual desde 2002

  • Por Agência Estado e Agência Brasil
  • 08/01/2016 09h44
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Reprodução Google Inflação cai

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2015 com alta de 10,67%, a maior taxa anual desde 2002 (12,53%), informou na manhã desta sexta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apenas no mês de dezembro, a inflação oficial ficou em 0,96%, ante 1,01% em novembro. Mesmo com a desaceleração de novembro para dezembro, a taxa do último mês de 2015 foi a mais alta para o mês de dezembro desde os 2,1% de dezembro de 2002. Em dezembro de 2014, ela chegou a 0,78%.

Os dados do IBGE confirmam a expectativa de rompimento do teto da meta perseguida pelo governo, que é de 4,5% com tolerância de 2,0 pontos porcentuais para mais ou menos. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando o IPCA fechou o ano em 9,30% – o teto também era de 6,5% naquela época.

Em 2014, o IPCA fechou o ano em 6,41%, ficando abaixo do centro da meta fixada pelo Banco Central, de 6,5%. A inflação de 2014 já havia sido a mais alta desde 2011.

O IPCA se refere à alta de preços que afeta famílias com rendimento entre 1 e 40 salários mínimos e abrange 11 das principais regiões metropolitanas do país (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília), além de Goiânia e Campo Grande.

Quando a inflação foge ao limite da meta, o Banco Central, hoje presidido por Alexandre Tombini, tem de escrever uma carta pública ao Ministério da Fazenda, cujo titular é Nelson Barbosa. No documento, a autoridade monetária deverá listar os motivos pelos quais a inflação rompeu o teto estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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