Irã e UE anunciam abertura de diálogo sobre temas políticos e de segurança
Teerã, 28 jul (EFE).- O Irã e a União Europeia anunciaram nesta terça-feira que abrirão novas rodadas de contatos e diálogo de alto nível para discutir temas políticos e de segurança, tanto bilaterais como regionais e globais, após a assinatura do acordo nuclear entre o país asiático e as potências do Grupo 5+1.
A notícia foi dada em entrevista coletiva conjunta em Teerã entre a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, a italiana Federica Mogherini, e o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, na saída de uma reunião em que conversaram sobre a implementação do histórico pacto anunciado em Viena em 14 de julho.
“Nos últimos anos os assuntos de interesse para a UE e o Irã se centraram na questão nuclear. Hoje decidimos iniciar uma nova rodada de diálogos que começarão em um futuro imediato. Há vários temas a discutir, centrados nas perspectivas de cooperação bilaterais, que são muitas: energia, transporte, comércio, meio ambiente, direitos humanos, tráfico de drogas, que podemos atender conjuntamente”, disse Zarif.
Nesse sentido, o ministro apontou que também discutirão assuntos “como as crises na região, que constituem uma ameaça para todo o mundo”, assim como os problemas do “sectarismo e extremismo” que incitam a violência e que estão avançando inclusive em países europeus.
Mogherini indicou que o denominado Plano Integral de Ação Conjunta, cuja aplicação será coordenada pelo serviço exterior da UE, apesar de ser “obviamente um acordo nuclear”, permitirá promover um “potencial muito amplo que abrirá um novo capítulo nas relações com o Irã”.
Entre outros temas sociais e econômicos, a máxima representante exterior da UE apontou que a aplicação do acordo permitirá abrir “um novo marco” para a região, que permitirá “entender as diferentes aproximações às dinâmicas locais, nos baseando na cooperação em vez do confronto ou da concorrência”.
“Acredito que será um novo valor para encontrar soluções a problemas como o da Síria ou o terrorismo. Contem com a UE para fazer sua parte para conseguir um novo marco baseado na construção de confiança”, disse. EFE
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