Irã garante que acordo nuclear com G5+1 “está ao alcance das mãos”

  • Por Agencia EFE
  • 27/06/2015 08h03
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Viena, 27 jun (EFE).- O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif, afirmou neste sábado, em sua chegada a Viena que é possível alcançar em breve um acordo nuclear com as grandes potências que assegure que o programa atômico iraniano não tem intenções militares.

“Acho que temos um bom acordo ao alcance das mãos, do qual todo o mundo pode se beneficiar, se houver vontade”, disse o ministro ao chegar em Viena, na Áustria, onde começa hoje a cúpula decisiva para tentar fechar o acordo que é negociado desde fevereiro de 2014.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e o Reino Unido) mais a Alemanha tentam chegar a um acordo com o Irã que limite seu programa nuclear e aumente as inspeções internacionais, de modo que o país não possa desenvolver armas atômicas em curto prazo.

Zarif afirmou que seu país insiste em reivindicar respeito e a suspensão imediata das sanções ao Irã.

“Continuaremos insistindo que a outra parte tem que cumprir seus compromissos, especialmente sobre o levantamento das sanções, econômicas e financeiras, que também têm que ser suspensas imediatamente”, explicou o chefe da diplomacia iraniana.

Este assunto é um dos principais obstáculos para o acordo, já que o G5+1 propõe que as sanções sejam suspensas progressivamente, à medida que o Irã provar estar cumprindo os termos do acordo.

Zarif se referiu a outro dos pontos conflituosos da negociação, o regime de inspeções a que o Irã deve submeter e que as grandes potências, especialmente a França, querem que inclua também algumas instalações militares, o que Teerã nega sob o argumento de ser uma questão de segurança nacional.

“Vamos dar a informação necessária à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) de acordo com as regulações internacionais existentes, sempre dissemos que o Irã não aceitará procedimentos excepcionais”, disse o ministro.

As negociações entre o Irã e as grandes potências começaram formalmente em fevereiro de 2014 e foram prorrogadas em junho desse ano. Em abril o grupo chegou a um acordo marco que precisa ser regulamentado em detalhes.

A data limite para esse acordo é, em teoria, 30 de junho, mas várias fontes diplomáticas assinalaram que os contatos podem se estender para além dessa data.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) investiga o programa nuclear iraniano há 12 anos, mas nunca pôde garantir se existe ou existiu uma dimensão militar oculta. EFE

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