Iranianos denunciam problema de abastecimento de remédios à ONU
Teerã, 7 jan (EFE).- Mais de dois mil iranianos, entre eles dezenas de celebridades, assinaram uma carta na qual criticam as sanções internacionais à República Islâmica e seu efeito na entrada no país de remédios necessários para a população, informou nesta terça-feira a agência nacional local “Irna”.
Cerca de 2,6 mil pessoas, muitas delas personalidades do mundo da arte, da cultura e da política, assinaram a carta, dirigida ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, segundo a “Irna”.
A carta, que faz parte de um protesto mais amplo, impulsionado a partir de um site na internet criado por organizações sanitárias, denuncia as punições, classificadas na nota como “desastrosas” para muitos pacientes.
“Embora a ONU tenha se comprometido em seus Objetivos do Milênio a fornecer acesso barato e contínuo a remédios aos países em vias de desenvolvimento antes de 2015, as sanções à transferência de dinheiro contra o Irã impostas pelo Ocidente tornaram muito difícil, quase impossível, a importação de remédios no Irã”, diz o texto.
Entre as assinaturas da carta, aparecem a do ex-presidente iraniano Mohamad Khatami, as de atores como Ezatolah Entezami e Reza Kianian e as dos diretores de cinema Asghar Farhadi e Abbas Kiarostami.
Também assinaram responsáveis do âmbito médico, como a diretora da Fundação de Doenças Especiais, Fatemeh Hashemi Rafsanjani, o diretor da Sociedade de Hemofilia do Irã, Ahmad Qavidel, e o diretor do Conselho Médico do Irã, Alireza Zali. EFE
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