Iraque fecha passagem na fronteira com Jordânia para evitar uso pelo EI

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 13h47

Bagdá/Amã, 16 jul (EFE). – As autoridades do Iraque ordenaram o fechamento da passagem na fronteira de Trebil, que liga a província iraquiana de Al-Anbar com o nordeste da Jordânia, depois de ela ter sido usada pelos jihadistas, informaram fontes de segurança iraquianas e a agência de notícias oficial jordaniana “Petra”.

Fontes do Ministério do Interior do Iraque confirmaram à Agência Efe que o trabalho na passagem fronteiriça de Trebil foi suspenso provisoriamente, depois de o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) entrar com veículos na passagem e intimidar os motoristas que transitavam pela fronteira.

A passagem de Trebil permanecerá fechada “até que se restabeleça a segurança” na província de Al-Anbar, acrescentaram as fontes. A passagem que está atualmente operando é a de Safwan, que conecta o Iraque ao Kuwait.

Após o fechamento de Trebil, não há nenhuma via que conecte Jordânia e Iraque.

O diretor de passagens fronteiriças do governo iraquiano disse à televisão iraquiana “Sumariya” que os caminhões de mercadorias que passavam por Trebil estavam obrigados a pagar um “imposto” aos jihadistas, que utilizam esse dinheiro para financiar suas atividades.

A agência de notícias jordaniana informou que a passagem de Trebil permanecerá fechada “indefinidamente” até que as autoridades iraquianas deem “novas instruções que permitam a reabertura da fronteira” e o trânsito de pessoas e veículos.

A Jordânia pediu a todos os passageiros e motoristas que cancelem suas viagens ao Iraque, declarou um responsável jordaniano à Petra.

Esta não é a primeira vez que a passagem de Trebil tem que ser fechada por motivos de segurança. O EI tentou tomar seu controle em junho de 2014, quando conquistou amplas regiões do Iraque, incluída a província de Al-Anbar.

Esta semana o exército iraquiano lançou uma nova ofensiva para tentar recuperar Al-Anbar e sua capital, Ramadi, que foi tomada pelo EI em maio em uma operação relâmpago. EFE

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