Iraque pede cooperação para reconstruir áreas tomadas pelo Estado Islâmico
Davos (Suíça), 23 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Iraque, Haidar al Abadi, pediu nesta sexta-feira a cooperação internacional para reconstruir as infraestruturas e indústrias destruídas nos territórios tomados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), quando fiquem totalmente libertados.
Ao discursar no Fórum Econômico Mundial da cidade suíça de Davos, Abadi argumentou seu pedido no fato de que o Iraque não conta com os recursos necessários para isso, menos agora com a redução do preço do petróleo – produto que representa 85% do orçamento público.
O primeiro-ministro iraquiano assegurou que o Estado Islâmico “está em queda, não em ascensão”, e destacou os avanços militares conseguidos contra o movimento terrorista.
“Há apenas seis meses, Dash (como se denomina o Estado Islâmico em árabe) ameaçava Bagdá e nosso futuro era incerto. Hoje, com o apoio de nossos aliados e nossos vizinhos, o impulso que tinha recebido foi parado, e inclusive se reverteu”, comentou.
Abadi sustentou que, em certas circunstâncias, os combatentes do EI estão optando por fugir diante da chegada dos soldados iraquianos.
Para financiar o custo da luta contra o Estado Islâmico, Abadi disse que o Iraque está propondo um fundo internacional para a reconstrução e acrescentou que aproveita sua presença em Davos para pedir respaldo aos países aliados e aos empresários presentes.
O primeiro-ministro iraquiano indicou que vê “uma boa receptividade” a essa ideia. “O custo da ação é alto, mas o da inação será infinitamente mais alto”, advertiu.
Sobre as informações que circulam sobre os planos para recuperar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e que está sob o controle do Estado Islâmico, o primeiro-ministro as confirmou, explicando que o obstáculo encontrado tem a ver com a conexão terrestre a partir do lugar onde se encontram as tropas iraquianas.
“Agora combatemos para que a conexão terrestre esteja aberta e protegida”, detalhou.
A queda de Mossul sob poder do grupo terrorista, em junho do ano passado, acendeu o alarme na comunidade internacional sobre a força que tinha conquistado e seu avanço geográfico, desde o nordeste da Síria.
A autoridade iraquiana disse que, para continuar e ganhar sua luta contra o Estado Islâmico, seu país precisa de “mais armamento, mais bombardeios (contra as colunas do grupo jihadista) e que se continue treinando nossas tropas”. EFE
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