Irlanda aprova casamento gay em referendo, segundo TV estatal

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2015 11h04
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Dublin, 23 mai (EFE).- A apuração provisória do referendo realizado ontem na Irlanda para decidir sobre a legalização do casamento entre casais do mesmo sexo aponta para uma vitória do “sim”, informou neste sábado a rede estatal de televisão “RTE”.

Apenas uma hora depois do começo da apuração (ocorrido às 5h de Brasília de hoje), as primeiras projeções já indicavam que o apoio ao casamento homossexual vencia em quase todos os distritos eleitorais de Dublin e em muitas das zonas rurais.

Segundo a “RTE”, na capital do país o apoio ao casamento homossexual pode chegar a 60%, e nos distritos das zonas rurais essa distância seria menor.

Quando forem oficializados estes dados, a Irlanda se tornará o primeiro país em todo o mundo a reconhecer em referendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A comissão do referendo informou que o resultado final deve ser anunciado no Castelo de Dublin entre 15h e 17h GMT de hoje (entre 12h e 14h de Brasília), se não for necessária uma recontagem.

Até mesmo o “Iona Institute”, um influente “think-tank” católico que fez campanha pelo “não” reconheceu em seu conta no Twitter que o eleitorado irlandês, de pouco mais de três milhões de pessoas, apoiou majoritariamente a proposta do governo de Dublin, de coalizão entre conservadores e trabalhistas.

No fechamento dos colégios eleitorais, às 21h GMT de sexta-feira, a “RTE” estimou que a participação do eleitorado tenha sido de 50% a 60%, um índice muito mais alto que o registrado em plebiscitos anteriores, o que dá uma ideia do interesse despertado por esta consulta.

Quando for confirmada a vitória do “sim”, o casamento entre pessoas do mesmo sexo será reconhecido pelo artigo 41 da Constituição, recebendo proteção constitucional e equiparação ao casamento convencional.

A República da Irlanda já promulgou em 2010 a lei de Relações Civis que, pela primeira vez no país, concedeu reconhecimento legal a uniões entre pessoas do mesmo sexo, mas não as qualificava como “casamento”. EFE

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