Irmã de Felipe VI recorre contra ordem de julgamento por delito fiscal

  • Por Agencia EFE
  • 02/01/2015 11h49
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Palma de Mallorca (Espanha), 2 jan (EFE).- A defesa da infanta Cristina de Borbón, irmã de Felipe VI, apresentou nesta sexta-feira um recurso contra a ordem de abertura de julgamento por ter cometido supostamente dois delitos fiscais.

Em 22 de dezembro o juiz José Castro, de Palma (Ilhas Baleares, Mediterrâneo), emitiu uma ordem na qual mandava a julgamento 16 pessoas relacionados com o caso de corrupção.

Além da irmã mais nova do rei espanhol, figura também seu marido, Iñaki Urdangarin, suspeito de desvio de dinheiro de fundos públicos, pelo suposto desvio de dinheiro a uma sociedade chamada Aizoon, que ambos possuíam 50%.

O recurso registrado no juizado de Instrução número 3 de Palma é de apelação, diretamente perante a Audiência de Palma, apesar do juiz não deve se pronunciar até próxima segunda-feira, informou o Tribunal Superior de Justiça das Baleares.

O advogado Jaume Riutord foi ao tribunal apresentar o recurso de 24 páginas e informar pessoalmente ao juiz Castro que foi registrado.

Cristina de Borbón é a primeira parente direta de um rei da Espanha que é acusada perante um tribunal.

Em dias passados, a defesa da infanta antecipou que recorreria à decisão do juiz com o argumento que o envio a julgamento se baseia no pedido de uma acusação popular e vai contra o critério da Promotoria.

O caso, aberto no Tribunal de Palma de Mallorca em 2010, investiga o Instituto Nóos, uma fundação sem fins lucrativos que foi presidida por Urdangarin, para onde supostamente foram desviados 6,1 milhões de euros de fundos públicos entre 2004 e 2007.

O juiz sustenta que Cristina de Borbón e seu marido desviaram dinheiro à sociedade Aizoon, o que suporia uma fraude à Fazenda Pública.

Em sua declaração como acusada perante o juiz Castro em 8 de fevereiro de 2012, a irmã do rei afirmou que tinha confiado plenamente em seu marido.

No auto de envio a julgamento oral o juiz instrutor fixou para Cristina de Borbón, de 49 anos, uma fiança por responsabilidade monerária de 2,6 milhões de euros.EFE

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