Irmã de Kim Jong-un aumenta suas aparições pública e influencia no regime

  • Por Agencia EFE
  • 04/02/2015 10h08

Seul, 4 fev (EFE).- Kim Yeo-jong, a irmã mais nova de Kim Jong-un, multiplicou em 2015 suas aparições públicas junto ao líder norte-coreano, o que poderia representar um aumento de sua influência no regime, informou nesta quarta-feira o jornal sul-coreano “Chosun”.

A jovem Kim, que ocupa o cargo de subdiretora do Departamento de Propaganda e Agitação do governante Partido dos Trabalhadores, acompanhou seu irmão a um total de sete atos públicos desde que começou o ano.

O número contrasta com as apenas dez aparições que esta jovem de 27 anos protagonizou junto ao “líder supremo” em todo 2014, de acordo com o jornal de Seul.

Assim, neste ano, Kim Yeo-jong se transformou na segunda pessoa mais vista em público com Kim Jong-un depois do vice-marechal Hwang Pyong-sob, chefe do birô político do Exército e considerado o “número” dois na hierarquizada elite de Pyongyang.

Analistas na vizinha Coreia do Sul apontam que isto é uma clara prova de que a irmã do ditador exerce uma influência cada vez maior no Estado norte-coreano e inclusive poderia ter se transformado em sua autêntica mão direita, acima do poderoso Hwang.

Os atos públicos nos quais foram observados ambos irmãos foram, em sua maioria, as frequentes “inspeções no terreno ” que o jovem ditador realiza em instalações civis e militares do país e que são amplamente divulgadas pelos meios de comunicação estatais.

O jornal “Chosun” afirma que, segundo suas fontes, Kim Yeo-jong esteve trabalhando na campanha para fomentar o culto à personalidade de seu irmão, que permitiu se assentar no poder com aparente facilidade desde a morte do pai de ambos, Kim Jong-il, em dezembro de 2011.

Outros analistas comparam o papel da irmã do líder com o desempenhado no passado por sua tia Kim Kyong-hui, irmã do falecido líder Kim Jong-il e viúva de Jang Song-thaek, o antigo “número dois” do regime executado por traição em dezembro de 2013.

Em todo caso, o extremo isolamento da Coreia do Norte faz impossível confirmar as informações relativas às elites do poder e à família Kim, por isso que os especialistas se limitam a analisar a informação dos meios estatais de Pyongyang e os poucos dados que são filtrados desde o país. EFE

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