Irmandade Muçulmana critica condenação de Mursi a 20 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 21/04/2015 12h15

Cairo, 21 abr (EFE).- A Coalizão Nacional para a Defesa da Legitimidade, liderada pela Irmandade Muçulmana, classificou nesta terça-feira como “nula” e de “ordem dos militares” a condenação do ex-presidente islamita Mohammed Mursi a 20 anos de prisão.

“As ordens militares emitidas hoje em forma de sentenças judiciais contra o presidente Mursi e sua equipe presidencial são nulas porque a Justiça se tornou uma marionete em mãos da autoridade militar”, explicou a aliança em comunicado divulgado em sua página no Facebook.

A coalizão, que inclui grupos islamitas opositores ao sistema político atual no Egito, denunciou que o processo jurídico foi uma “farsa” e acusou o exército de utilizar a Justiça para se vingar de seus adversários.

No texto, os integrantes reafirmaram que seu principal objetivo é “ativar o movimento revolucionário para derrubar o golpe de Estado e libertar a pátria”.

O Tribunal Penal do Cairo condenou Mursi e outros 12 dirigentes e membros da Irmandade Muçulmana nesta terça-feira a 20 anos de prisão por uso da força e retenção de pessoas com tortura durante os conflitos entre opositores e partidários do ex-mandatário no dia 5 de dezembro de 2012, nos quais morreram vários manifestantes.

Nesse mesmo caso, outros dois membros do grupo foram sentenciados a dez anos de prisão e seis pessoas foram julgadas à revelia.

Entre os condenados a 20 anos estão Esam el Arian, vice-presidente do Partido Liberdade e Justiça (PLJ) – braço político da Irmandade -, e o membro de seu Executivo Mohammed Beltagui.

Desde a queda de Mursi, as autoridades perseguiram os simpatizantes, integrantes e líderes da Irmandade Muçulmana, que foi classificada como grupo terrorista a partir de dezembro de 2013. EFE

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