Irmãos que atacaram colégio árabe-judeu são condenados a 2 anos de prisão

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 14h48
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Jerusalém, 22 jul (EFE).- Dois irmãos que atacaram e incendiaram um colégio árabe-judeu de Jerusalém no ano passado foram condenados nesta quarta-feira a dois anos de prisão por um tribunal da cidade.

Os condenados, Nahman e Shlomo Twito, receberam sentenças de dois anos e meio e dois de prisão, respectivamente, além de liberdade condicional de vários meses após o cumprimento da pena e o pagamento de multas de 15 mil e 10 mil shekels (3.620 euros e 2.415 euros) ao colégio em compensação pelos danos causados.

Um terceiro acusado, Isaack Gabai, ainda tem uma causa aberta porque não reconheceu os fatos e espera receber sua pena, informa o meio digital “Ynet”.

O fato ocorreu em 29 de novembro, quando duas salas do centro escolar foram incendiadas e um pátio do colégio bilíngüe apareceu com pinturas nas quais se lia “Não há coexistência com o câncer” e “(Meir) Kahane tinha razão”, em alusão ao assassinado rabino cujo partido Kach foi ilegalizado em Israel por suas abordagens racistas.

O incêndio foi sufocado, mas uma das salas ficou completamente calcinada. Os autores da agressão empilharam livros em árabe e hebraico, jogaram líquido inflamável e atearam fogo, segundo informaram então meios de comunicação locais.

Esse centro de Jerusalém é a instituição educativa judia-árabe mais importante do país e conta com uma direção mista desde sua fundação em 1998 pela ONG Mão a Mão.

Após serem detidos, os três autores disseram que tinham atacado e queimado o colégio em protesto pelo fato de judeus e árabes estudarem juntos, e a fim de elevar à opinião pública sua objeção perante os casamentos mistos entre judeus e não judeus.

Os condenados, membros da organização de extrema direita Lehava, cujo principal objetivo é se opor aos casamentos mistos, abandonaram hoje a sala do tribunal sorridentes, cantando e louvando a Deus e assegurando que “mereceram a pena” por cometer esse ato. EFE

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