Islamitas egípcios que atacaram delegacia são condenados à morte

  • Por Agencia EFE
  • 20/04/2015 12h51
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Cairo, 20 abr (EFE).- Um tribunal do Egito confirmou nesta segunda-feira a condenação à morte para 22 islamitas acusados de matar um policial em uma tentativa de ataque a uma delegacia da cidade de Kerdasa, ao sudoeste do Cairo, informaram à Agência Efe fontes judiciais.

Entre esses 22 condenados à morte na forca pela Corte Penal de Guiza (oeste do Cairo) estão oito julgados à revelia. Outro processado foi condenado a dez anos de prisão.

A sessão do julgamento foi realizada em um quartel das forças da Segurança Central (forças antidistúrbios), situado na estrada que une o Cairo com a cidade portuária de Alexandria.

Este mesmo tribunal tinha remetido em 19 de março os expedientes desses 22 condenados ao mufti do Egito, Shauqi Alam, máxima autoridade religiosa islâmica do Egito, para que emitisse sua sentença não vinculativa a respeito desta sentença.

Todos os acusados foram considerados culpados também pela tentativa de assassinato de 23 recrutas da polícia durante os distúrbios em Kerdasa, que ocorreram após o golpe militar contra o presidente egípcio Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em julho de 2013.

Centenas de pessoas foram sentenciadas à pena de morte no último ano no Egito em julgamentos que as organizações de direitos humanos criticaram por não respeitar os princípios de um processo justo e pela severidade das penas, entre outros motivos.

No último dia 11, o Tribunal Penal de Guiza confirmou a sentença de pena de morte contra o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, e outros 13 dirigentes do grupo, acusados de estabelecer uma “sala de operações de Rabaa” para fazer frente às autoridades.

Esses condenados eram acusados de dirigir operações para enfrentar as autoridades e para propagar o caos, depois do sangrento desmantelamento das acampamentos das praças de Rabaa al Adauiya e Al-Nahda em agosto de 2013. EFE

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