Israel denunciará líderes palestinos se Palestina recorrer ao TPI

  • Por Agencia EFE
  • 04/01/2015 08h27
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Jerusalém, 4 jan (EFE).- O governo israelense anunciou que tem a intenção de denunciar os principais líderes palestinos por crimes de guerra e terrorismo em tribunais estrangeiros e internacionais se a Palestina iniciar processos similares contra Israel no Tribunal Penal Internacional (TPI), informou neste domingo o jornal “Yedioth Ahronoth”.

“Podemos apresentar processos respaldados com provas, documentação e testemunhos amanhã mesmo”, disse uma alta fonte do Ministério da Justiça em declarações ao jornal.

Há poucos dias, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, solicitou a adesão da Palestina ao TPI, após um pedido feito ao Conselho de Segurança para obrigar Israel a colocar fim à ocupação em 2017 fracassar.

O objetivo palestino é denunciar governantes e altos comandantes israelenses por violação de direitos humanos e crimes de guerra nos territórios palestinos ocupados.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu na quinta-feira que quem deve estar preocupado é Abbas, por ter formado governo com uma organização como o Hamas, tipificada como terrorista em vários países.

Segundo o “Yedioth Ahronoth”, a Promotoria Militar como Ministério da Defesa de Israel têm material que incriminam palestinos da Cisjordânia e de Gaza pelo assassinato de centenas de israelenses em atentados.

Israel pediu para a comunidade internacional não aceitar a adesão da Palestina com o argumento de que não é um Estado e é um aliado político do Hamas.

Na quinta-feira, em reunião com seus principais assessores políticos e jurídicos, Netanyahu adotou as primeiras medidas de punição contra a ANP em função dos pedidos de adesão a tratados internacionais assinados por Abbas um dia antes.

Entre as primeiras medidas, destaca-se o congelamento das transferências mensais do dinheiro que Israel recolhe para a ANP em impostos e taxas de alfândegas, neste momento de cerca de US$ 500 milhões de shekels (US$ 127 milhões).

Os assessores advertiram que o dinheiro não pode ser congelado indefinidamente porque pertence legalmente aos palestinos, e porque poderia causar um prejuízo maior a Israel se os organismos da ANP, entre eles os de segurança, deixassem de funcionar.

O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, disse que “Israel responde mais uma vez a nossos passos legais com mais castigos ilegais coletivos”, segundo um comunicado. EFE

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