Israel designa novo chefe de Forças Armadas

  • Por Agencia EFE
  • 30/11/2014 09h08
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Jerusalém, 30 nov (EFE).- Israel designou seu novo chefe das Forças Armadas para o próximo ano, general Gadi Eisenkot, que desenvolveu boa parte de sua carreira enfrentando a milícia xiita libanesa Hezbollah, publicou neste domingo a imprensa local.

Eisenkot, de 54 anos, sucederá a partir de fevereiro o atual chefe do Estado-Maior, general Beny Gantz.

Os chefes das Forças Armadas em Israel são designados por um período de três anos, apesar do Executivo ter o poder de estender esse mandato em um ano, como aconteceu com Gantz.

Eisenkot foi o comandante com a patente mais elevada à frente das forças israelenses nas fronteiras com o Líbano e a Síria, entre outras destacadas posições que ocupou, e serviu como link militar do ex-primeiro-ministro trabalhista Ehud Barak.

Ele é conhecido por ser patrocinador da denominada “doutrina Dahya”, utilizada no subúrbio do sul de Beirute, desenvolvida para o combate em conflitos assimétricos, e defende o emprego desproporcional de força contra a infraestrutura civil como meio de dissuadir as milícias que atacam desses lugares.

Apesar de acusações por ter usado essa doutrina nos conflitos bélicos na Faixa de Gaza desde 2009, Israel defende que não a aplicou nesses cenários.

Eisenkot foi um dos altos comandantes militares que há dois anos se opuseram a um eventual ataque contra o Irã destinado a desestabilizar seu programa nuclear.

Considerado por analistas militares como um homem ponderado, Eisenkot escalou categorias desde o corpo de infantaria, e comandou as forças na faixa sul do Líbano após desempenhar cargos de comando no território ocupado da Cisjordânia.

“Eisenkot foi selecionado entre um grupo de excelentes generais que lideraram o exército em desafios defensivos complexos que Israel enfrenta. Em nome dos cidadãos de Israel, desejo êxito”, disse o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em um comunicado distribuído por seu escritório.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, assinalou que “não era coincidência que tenha sido meticulosamente selecionado” para ocupar o novo cargo, nomeação que responde “ao talento demonstrado como comandante e soldado ao longo de muitos anos de serviço”.

“Enfrentamos um período de intensos desafios em segurança e estou convencido que as Forças de Defesa de Israel, sob seu comando, continuarão fornecendo um escudo defensivo e protegendo o Estado de Israel”, concluiu o presidente. EFE

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