Israel mantém 20 jornalistas palestinos detidos ou presos

Jerusalém, 17 abr (EFE).- Israel mantém 20 jornalistas palestinos detidos ou presos, informou nesta sexta-feira, por causa do Dia do Prisioneiro na Autoridade Nacional Palestina (ANP), a agência “Maan”.

Seis deles foram detidos desde que começou 2015 e o último há apenas dois dias em uma operação do Exército israelense na cidade cisjordaniana de Nablus.

Trata-se de Amin Abdul Aziz Abu Wardeh, de 48 anos e diretor-geral do site ASDA, um centro palestino para o desenvolvimento e a liberdade de imprensa.

Abu Wardeh, ao qual, segundo sua mulher, lhe pediram telefones celulares e computadores, já tinha estado sob prisão administrativa israelense durante quase um ano.

Segundo dados da União de Rádios e Televisões palestinas, o que mais tempo está preso é Mahmoud Moussa Issa, que cumpre pena desde 1994, quando um tribunal israelense lhe impôs três prisões perpétuas por delitos de sangue e contra a segurança do estado.

Os palestinos lembram hoje o Dia do Prisioneiro, um dos mais simbólicos do calendário local pela sensibilidade que afeta ambos os povos.

Considerados lutadores pela liberdade por uns, e terroristas pelos outros, nas prisões israelenses havia no dia 1º de abril cerca de 6.000 presos palestinos, deles 200 menores de idade e 23 mulheres, segundo os números divulgados pelo Ministério de Informação da ANP.

Cerca de 450 deles estão sob detenção administrativa, uma figura legal em Israel altamente questionada por ONGs de direitos humanos porque permite a detenção de uma pessoa sem ser levada a julgamento por períodos prorrogáveis de seis meses, e em muitos casos sem conhecer do que é exatamente acusado. EFE