Israel obriga retirada de logo do “Estado da Palestina” de documento oficial
Cidade de Gaza, 12 fev (EFE).- Israel autorizou nesta quinta-feira a entrada de um grupo de doentes palestinos procedentes da Faixa de Gaza, após retê-los 24 horas por terem documentos nos quais aparecia um logotipo do “Estado da Palestina”.
Segundo fontes oficiais, representantes da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, e responsáveis israelenses chegaram na noite de quarta-feira a um acordo na passagem de Eretz para permitir a entrada dos doentes, pacto que incluía retirar o citado símbolo.
“Foi assinado um acordo ontem à noite para que pudessem atravessar e fizeram-no hoje ao meio-dia. O logotipo foi retirado dos documentos”, explicaram as fontes.
O grupo era formado por cerca de 190 doentes que deviam receber tratamento médico na Cisjordânia.
Na quarta-feira 70 deles ficaram retidos na passagem israelense de Eretz, única porta de conexão com o exterior de Gaza, sob assédio militar e político desde que o Hamas assumiu com o controle da mesma em 2007.
A outra passagem, em Rafah, na fronteira com o Egito, é aberta e fechada pelas autoridades egípcias de forma intermitente e a seu livre arbítrio.
Um porta-voz do escritório de coordenação civil com Gaza do Ministério de Interior israelense confirmou a meios de imprensa locais que o logotipo foi a causa da retenção.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) apresentou em 2012 uma proposta à Assembleia Geral das Nações Unidas para o reconhecimento da Palestina como Estado. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.