Israel prende suspeitos de assassinato de jovem palestino

  • Por Agencia EFE
  • 06/07/2014 09h35
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Jerusalém, 6 jul (EFE).- As forças de segurança de Israel prenderam vários suspeitos de envolvimento com o sequestro e assassinato de um adolescente palestino, e a investigação aponta que os autores foram ultranacionalistas judeus, informou neste domingo a imprensa local.

Mohamad Abu Jedir, palestino de 16 anos e morador do campo de refugiados de Shuafat, em Jerusalém Oriental, teria sido assassinado por razões políticas e nacionalistas, o que reforça a hipótese de ter sido morto por extremistas judeus.

Um porta-voz da polícia israelense assinalou que o caso está sob sigilo, por isso não pode informar quantas pessoas foram presas.

Familiares da vítima denunciaram à imprensa que os investigadores os pressionaram para verificar se o crime se tratava de uma disputa familiar ou de honra, o que foi completamente negado por eles.

Mohamad Abu Jedir foi encontrado na quarta-feira em uma floresta no oeste de Jerusalém. Ele tinha desaparecido na véspera após ser obrigado a subir em um veículo. A autópsia divulgada sábado confirmou que ele foi ferido na cabeça e queimado vivo.

“A causa direta da morte foram as queimaduras e suas complicações”, disse o procurador-geral palestino, Mohammed Al-Awewy, à agência oficial palestina “Wafa”.

Saber Ao-Aloul, diretor do instituto médico legal palestino participou da autópsia realizada por médicos do instituto israelense Abu Kabir de Tel Aviv.

O funeral de Jedir aconteceu na sexta-feira nas ruas de Shuafat, e os participantes chamaram para uma nova intifada contra Israel, ato que acabou com confrontos entre as forças de segurança israelenses e moradores palestinos.

O assassinato do adolescente palestino aconteceu um dia depois de serem encontrados nas imediações de Hebron os corpos sem vida de três jovens israelenses, sequestrados em 12 de junho quando pediam carona em uma estrada da Cisjordânia.

Logo que a notícia da morte dos jovens israelenses se espalhou se multiplicaram pelas redes sociais os pedidos de vingança e houve manifestações em que foram cantadas palavras de ordem de “morte aos árabes”. EFE

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