Israel reitera que não aceitará forças internacionais em acordo de paz

  • Por Agencia EFE
  • 09/02/2014 07h42
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Jerusalém, 9 fev (EFE).- O ministro de Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, reiterou neste domingo, em entrevista à rádio pública do país, que seu país não aceitará a presença de forças internacionais, presumivelmente no Vale do Jordão, em um eventual acordo de paz com os palestinos.

Entretanto, Lieberman manifestou apoio ao secretário de Estado americano, John Kerry, mediador no atual processo de paz e duramente criticado por membros do Executivo israelense na última semana. De acordo com o ministro, Kerry conta com “um rico passado de apoio”.

O chefe da diplomacia americana foi alvo de críticas de setores mais direitistas do Governo após ter avisado a Israel que o país enfrentará um boicote internacional caso não chegue em breve a uma solução com os palestinos.

Na entrevista à emissora israelense, Lieberman considerou que está claro que na proposta que Kerry tenta elaborar para estabelecer os fundamentos visando um acordo definitivo, haverá partes com as quais seu país está de acordo “e outras com as quais não, como a presença de forças internacionais”.

No sábado, Kerry declarou ao jornal “The Washington Post” que a possibilidade de mobilizar forças de uma terceira parte na região “é algo em que as partes devem trabalhar”.

O secretário de estado fazia alusão à proposta de contar com forças internacionais, como das Nações Unidas ou da Otan no Vale do Jordão, território ocupado por Israel em 1967, medida em princípio aceita pelos palestinos, mas que os israelenses rejeitam plenamente.

Por fim, o chanceler israelense reiterou sua posição que um acordo de paz deveria incluir a possibilidade de intercâmbios territoriais, assim como de povoações.

Nesse sentido, disse que há deputados árabes no Parlamento israelense (Knesset) que apoiam organizações terroristas e pronunciam discursos de incitação ao ódio contra Israel. “É um descaramento que aqueles que desejam a destruição de Israel de dentro do país também sejam seus cidadãos”, declarou. EFE

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