Israel rejeita proposta de Kerry sobre Vale do Jordão

  • Por Agencia EFE
  • 05/01/2014 08h59
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Jerusalém, 5 jan (EFE).- Israel rejeitou a proposta do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, sobre a segurança no Vale do Jordão após um eventual acordo de paz com os palestinos, disse neste domingo o ministro de Assuntos de Inteligência israelense, Yuval Steinitz.

“A segurança deve ficar em nossas mãos. Qualquer um que proponha uma solução no Vale do Jordão com a ajuda de uma força internacional, a polícia palestina ou meios tecnológicos não compreende realmente a situação no Oriente Médio”, disse Steinitz à rádio pública israelense.

O futuro do Vale do Jordão, território na fronteira com a Jordânia ocupado por Israel desde 1967 e considerado por este último parte de sua “fronteira estratégica”, é um dos assuntos mais espinhosos que Kerry aborda em seus encontros com os líderes israelenses e palestinos.

O secretário americano acredita ser possível uma solução que, por um lado, devolva toda a soberania aos palestinos e garanta, ao mesmo tempo, a segurança de Israel, mediante uma presença militar “invisível”, possivelmente com avançados dispositivos eletrônicos de vigilância e talvez também algum tipo de presença física israelense temporária.

Os palestinos exigem a total retirada das forças israelenses e estariam dispostos a algum tipo de presença internacional como garantia, mas Israel quer permanecer na fronteira para impedir o acesso de extremistas islamitas à Cisjordânia.

Um grupo do partido governante Likud apresentou na semana passada um projeto de lei para anexar a Israel essa região junto com os assentamentos locais.

Neste fim de semana, o ex-chefe do Mossad (serviço de inteligência de Israel), Meir Dagan, minimizou a importância das reivindicações israelenses e assegurou, em uma conferência privada na cidade de Kfar Saba, que “se trata mais de uma decisão política”.

Steinitz, que hoje apresentará ao Conselho de Ministros de Benjamin Netanyahu um relatório sobre a incitação anti-israelense na Autoridade Nacional Palestina (ANP), mostrou também sua “grande desconfiança” quanto às intenções de paz de seu presidente, Mahmoud Abbas. EFE

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