Israel volta a posicionar soldados em Jerusalém depois de 10 anos

Israel posicionou 300 soldados neste domingo em Jerusalém sob comando da polícia nacional para apoiar outros organismos de segurança, pela primeira vez desde a Segunda Intifada (2000-2005).
Os militares reforçam assim a vigilância em posições-chave e nos arredores da cidade, segundo informou à Agência Efe o porta-voz da polícia israelense, Miki Rosenfeld.
De acordo com meios de comunicação locais, as tropas reforçarão as forças policiais em linhas de ônibus públicos e outros pontos para fazer frente à onda de ataques palestinos que assola a região.
Os soldados não usam as insígnias militares que geralmente exibem em seus uniformes no ombro e estão, por outro lado, com distintivos da polícia israelense, segundo detalhou a imprensa local.
O exército israelense informou esta semana que a decisão responde a uma diretiva aprovada pelo gabinete de segurança do Executivo “para reforçar a polícia israelense em sua missão de salvaguardar o transporte público e as principais rotas da cidade”.
O posicionamento de soldados em Jerusalém, medida não vista em uma década, acontece em paralelo à instalação de grandes blocos de concreto e controles das forças de segurança em bairros palestinos de Jerusalém considerados “zonas de atrito”.
As autoridades israelenses também ordenaram outras medidas, como a demolição imediata das casas dos agressores, a revogação de suas permissões de residência e o recrutamento de guardas para vigiar o transporte público, creches e escolas.
Jerusalém foi epicentro dos ataques palestinos, principalmente esfaqueamentos ou tentativas de agressão com arma branca, que somam 15 na cidade desde o dia 1º de outubro.
A espiral de violência custou as vidas de sete israelenses e 42 palestinos, cerca da metade destes últimos autores de ataques consumados ou frustrados, em casos nos quais as versões são contraditórias.
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