Israelenses ocultaram cerca de US$ 10 bilhões no HSBC da Suíça

  • Por Agencia EFE
  • 09/02/2015 14h50
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Jerusalém, 9 fev (EFE).- Mais de 6.200 israelenses ou residentes em Israel tinham conta na unidade suíça do HSBC, onde chegaram a depositar US$ 10 bilhões, informou nesta segunda-feira a imprensa local após a revelação da chamada “Lista Falciani”.

As autoridades fiscais israelenses abriram uma investigação sobre o caso. O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), organização com sede em Washington e que colabora para vários meios de comunicação no mundo, revelou hoje que o HCBS tinha 106 mil clientes de 203 países com contas secretas na Suíça, totalizando mais de US$ 100 bilhões que não teria sido declarados em sua origem.

Os números transformam Israel no sexto país com o maior volume de dinheiro na unidade suíça do HSBC, segundo a “Lista Falciani”.

De acordo com o jornal “The Times of Israel”, o dinheiro dos israelenses estava distribuído em 9.769 contas, e um dos titulares tinha até US$ 1,5 bilhão.

A metade dos 6.200 depositários tem nacionalidade israelense e os demais mantêm relações fiscais com a Fazenda do país, por residência ou por negócios.

Entre eles se destaca o empresário do petróleo Jonathan Kollek, com dupla nacionalidade israelense e canadense.

Outros israelenses com depósitos na Suíça são o empresário de diamantes Beny Steinmetz, o conhecido rabino Yeshayahu Pinto -suspeito de suborno em outro caso- e o empresário Zadik Bino.

A “Lista Falciani” levou à abertura de uma investigação por parte das autoridades israelenses, que buscam conseguir detalhes do caso para saber o alcance da evasão fiscal.

A agência de notícias “Ynet” informou que a Fazenda de Israel averiguará se o dinheiro depositado no HSBC foi ou devia ter sido declarado por seus proprietários no país, já que boa parte deles tem residência em outras nações. EFE

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