Itália atribui morte de reféns a “erro fatal” em operação dos EUA
Roma, 23 abr (EFE).- O ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, atribuiu nesta quinta-feira a um “erro fatal dos aliados americanos” a morte de dois reféns, um italiano e outro americano, em uma operação dos Estados Unidos contra a Al Qaeda no Paquistão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em Washington que assume “toda a responsabilidade” pela operação antiterrorista na qual dois reféns morreram, Giovanni Lo Porto e Warren Weinstein, realizada em janeiro, apesar de anunciada hoje.
Para Gentiloni, “a responsabilidade” pela morte de ambos os reféns “é totalmente dos terroristas”.
A Itália, segundo Gentiloni, também confirma seu “compromisso com os aliados” americanos no combate ao terrorismo. O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, lamentou a morte do cidadão italiano e transmitiu “as condolências mais sentidas à família de Giovanni Lo Porto”.
“Expresso uma profunda dor pela morte de um italiano, que dedicou sua vida ao serviço dos outros. Minhas condolências também vão dirigidas à família de Warren Weinstein”, o outro refém morto.
O presidente Obama informou pessoalmente a Renzi na quarta-feira sobre o incidente, segundo um comunicado do governo italiano.
Warren, sequestrado desde 2011, e Lo Porto, em mãos dos terroristas desde 2012, eram trabalhadores humanitários no Paquistão.
Ambos morreram “acidentalmente” em janeiro, em uma operação antiterrorista dos EUA contra um complexo da Al Qaeda em uma região de fronteira entre Afeganistão e Paquistão, segundo Washington. EFE
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