Itamaraty nega que governo estude receber presos de Guantánamo
Brasília, 8 dez (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores (MRE) negou nesta segunda-feira que o governo estude a possibilidade de receber detentos da base militar americana de Guantánamo, em Cuba, da mesma forma como fez o Uruguai, que no domingo recebeu seis presos na qualidade de refugiados.
“O Brasil não estuda a hipótese de aceitar detentos da prisão norte-americana de Guantánamo”, informou a assessoria de comunicação social do Itamaraty em comunicado.
De acordo com informações publicadas pelo jornal “The New York Times”, além do Uruguai, outros países sul-americanos, entre eles Brasil, Colômbia e Chile, estariam negociando com o governo de Barack Obama a possibilidade de receber outros presos de Guantánamo.
O envio de seis ao Uruguai faz parte do processo anunciado por Obama no começo de seu mandato de fechar a prisão de Guantánamo, onde estão detentos acusados, principalmente, de terrorismo e que não foram julgados.
Após a transferência desse grupo ao Uruguai, ficaram em Guantánamo 136 prisioneiros, sendo que 67 já tem a transferência aprovada, 59 estão em análise para determinar se podem ser soltos e apenas dez enfrentam acusações, foram acusados formalmente ou cumprem sentenças.
Há alguns meses, os governos de Montevidéu e Washington negociaram o envio ao Uruguai de prisioneiros da base dos Estados Unidos em território cubano. Esse processo terminou no domingo com o desembarque na capital uruguaia de quatro sírios, um tunisiano e um palestino recebidos como refugiados e sobre os quais o presidente José Mujica disse que podem sair do país quando quiserem.
Estes presos, que nunca foram formalmente acusados, são enquadrados em baixo perfil de perigo pelos Estados Unidos. EFE
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