Itapiranga ainda sofre com falta de água, após cheias no Rio Grande do Sul

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2014 16h41

A Cidade de Itapiranga, que fica na divisa do Rio Grande do Sul com a Argentina e também faz fronteira com o Estado de Santa Catarina, é uma das cerca de 55 cidades mais atingidas pelas cheias, por conta das chuvas que assolaram o estado.

A cidade tem 17 mil habitantes e por ser ribeirinha atinge o perímetro urbano, isso faz dela um dos municípios mais atingidos pelas enchentes por ter constituído sua cidade às margens do Rio Uruguai.

Em entrevista para a Rádio Jovem Pan, o prefeito de Itapiranga, Milton Simon (PT), afirmou que o rio subiu 14 metros e 50 centímetros, mas que já está baixando. “Com a cheia a Prefeitura, postos de saúde, laboratórios, ambulatórios, a Secretaria Municipal de Saúde, a Câmara Municipal e a Delegacia de Polícia foram alagados”, explicou ele. Finalizando: “Cerca de 100 famílias e 80 empresas foram desalojadas. Hospitais não foram atingidos.”

Itapiranga, que é o berço nacional da Oktoberfest, tem a vantagem de ter maior tempo resposta, cerca de seis horas. Em quatro ou cinco horas as famílias e empresas foram avisadas, segundo Simon. “Não houve mortes e nem feridos. A cidade não ficou totalmente alagada. Nós temos um bom tempo resposta. A Avenida Uruguai foi totalmente alagada e alguns comércios foram atingidos”.

Ele ressalta a organização dos órgãos responsáveis como o ponto positivo: “A organização da Prefeitura Municipal, do Exército Brasileiro, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal fez com que nós pudéssemos ter um tempo resposta maior”, explica o prefeito.

Tratando da questão do abastecimento, o prefeito alerta: “Neste momento são cerca de 500 pessoas desabrigadas, mas o grande problema é a estação de tratamento de água. Ela está desativada desde sexta-feira (27) pela manhã. Então, toda a parte da cidade abastecida por ela está sem água”.

O prejuízo para as 80 empresas atingidas ainda não foi apurado. “Nós podemos imaginar que o prejuízo na nossa cidade possa chegar próximo a 50 milhões de reais. Não temos esta projeção neste momento. Os danos matérias nas casas são danos pequenos. Até o momento eu não tenho informações de casas sendo levadas pelo rio.”

A chuva na cidade parou na manhã deste domingo (29). “Graças a Deus parou de chover o que faz com que nós possamos começar a limpar a nossa cidade. Esperamos a partir de amanhã dar condição de mobilidade urbana na nossa avenida principal. Nós estamos instalando bombas no Rio Uruguai para que possamos receber água para limpar as ruas da cidade”, diz ele.

A entrevista foi concedida pelo prefeito da Prefeitura, já que o rio baixou dois metros até o momento. A equipe da organização municipal já iniciou os seus trabalhos. A previsão é que nesta segunda-feira (30) toda a estrutura já esteja normalizada.

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