Já foram recuperados 282 corpos de vítimas de queda de avião na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2014 10h24
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Donetsk (Ucrânia), 21 jul (EFE).- As equipes de resgate já encontraram 282 cadáveres dos passageiros e tripulantes que viajavam no avião malaio que caiu na semana passada no leste da Ucrânia, afirmou nesta segunda-feira Aleksandr Borodai, primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia.

“Os corpos foram recolhidos com o máximo cuidado e colocados em cinco vagões frigoríficos”, disse Borodai em entrevista coletiva.

O dirigente separatista, que tem cidadania russa, informou que os vagões frigoríficos estão em uma via da estação ferroviária de Torez, junto da cidade de Grabovo, onde caiu o Boeing-777 com 298 pessoas a bordo, que teria sido abatido por um míssil terra-ar.

“Por enquanto continuam ali. Somente os enviaremos quando puderem ser acompanhados por analistas internacionais”, disse Borodai.

Ele explicou que 12 destes analistas estão indo para o local a partir de Kharkiv (cidade no nordeste da Ucrânia), mas a rota passa por áreas onde há combates.

“Os enviaram a uma área de ações militares, sem acompanhamento. Só com um motorista contratado para esse fim. É estranho”, disse Borodai, que tachou de “estranha coincidência” o fato de os combates terem sido retomados no mesmo dia em que a chegada dos analistas internacionais estava prevista.

O governo de Kiev declarou por sua vez que tenta negociar com os rebeldes pró-russos para que deixem de bloquear a saída do trem, já que a OSCE considera que Torez não é o lugar adequado para examinar os cadáveres e fazer sua identificação.

O Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou no domingo na internet a gravação de uma suposta conversa telefônica entre dois chefes rebeldes que incriminaria os separatistas e também Moscou por ocultação de provas na queda do avião malaio.

Mas Borodai reconheceu que as caixas-pretas do aparelho estavam em seu poder.

“No lugar da catástrofe foram encontradas peças do avião parecidas com caixas-pretas. Elas estão em Donetsk sob minha supervisão pessoal. Serão entregues aos analistas internacionais”, disse. EFE

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