James Holmes é considerado culpado de matar 12 em cinema nos EUA em 2012

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 23h04
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Washington, 16 jul (EFE).- Três anos após um tiroteio que comoveu os Estados Unidos, James Holmes foi declarado nesta quinta-feira culpado de assassinar 12 pessoas e ferir outras 70 durante a exibição de um filme de Batman em um cinema lotado na cidade de Aurora, no Colorado, uma condenação que pode levá-lo ao corredor da morte.

De pé, Holmes, de 27 anos, ouviu o magistrado ler a decisão do júri sobre cada uma das 165 acusações, 24 delas por assassinato, para os quais a defesa pediu sua internação em um centro psiquiátrico por causa de sua esquizofrenia paranoica.

“Nós, o júri, consideramos o acusado James Holmes culpado de assassinato em primeiro grau”, dizia a decisão unânime dos 12 membros do júri, que citou o nome de cada uma das 12 vítimas.

Com esta decisão, o júri abre a porta para a condenação à morte, permitida no Colorado, ou à prisão perpétua sem possibilidade de revisão, cenários que serão discutidos na segunda fase do processo de sentença, que pode começar semana que vem.

Holmes recebeu a condenação impassível, com as mãos nos bolsos, ao lado de seus advogados e, desta vez, sem o cabelo pintado de laranja como no dia do massacre.

Durante as 11 semanas de julgamento, mais de 250 testemunhas retrataram o horror e a angústia de quando Holmes invadiu uma sala de cinema em Aurora, nos arredores da cidade de Denver, na estreia do filme de “Batman: O cavaleiro das Trevas ressurge” com uma máscara de gás, luvas negras e quatro armas.

Com um fuzil, uma escopeta e dois revólveres, Holmes encheu o cinema de gás lacrimogêneo e disparou aleatoriamente durante sete minutos, até ser detido pela polícia.

Segundo a polícia de Aurora, o acusado se identificou como o “Coringa, inimigo do Batman”.

O júri, que começou a deliberar na quarta-feira de manhã, chegou ao veredicto após um julgamento marcado pelos depoimentos de mais de 200 testemunhas, entre eles o da ex-namorada de Holmes, e a exibição de 1.500 fotos e diversas horas de vídeo sobre aquela noite no cinema.

O tiroteio abriu o debate sobre o controle e venda de armas no país e impulsionou mudanças legislativas no estado do Colorado, que após o massacre aprovou uma das legislações mais restritivas de revisão de antecedentes criminais e de saúde dos compradores e a limitação do porte de balas. EFE

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