Japão alerta para possível erupção de vulcão próximo à usina nuclear

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2015 06h37

Tóquio, 15 ago (EFE).- A agência meteorológica do Japão elevou neste sábado o alerta perante a possível erupção do monte Sakurajima, vulcão situado a 50 quilômetros da central atômica de Sendai, que nesta mesma semana se tornou a primeira a ser reativada no país em dois anos.

O organismo oficial elevou de 3 a 4 – de uma escala de 5 – seu nível de alerta para Sakurajima devido ao forte aumento de terremotos vulcânicos na região desde primeira hora de hoje.

Este nível sugere que as povoações próximas “se preparem para a evacuação”.

Esta ordem afeta os pequenos municípios de Arimura e Furusato, situados a cerca de três quilômetros de duas das crateras do vulcão e onde vivem poucos mais de 70 pessoas.

Por sua parte, um responsável da Kyushu Electric Power, operadora da central de Sendai, minimizou a importância do anúncio por considerar que uma erupção não afetará o funcionamento da usina.

“Mesmo que aconteça uma erupção, acreditamos que não vai afetar à central e, por isso, por enquanto não tomamos nenhuma medida especial. De qualquer forma, seguimos de perto o estado de Sakurajima e estamos recolhendo dados a respeito”, disse o representante da operadora à emissora pública “NHK”.

A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA) também afirmou à “NHK” que não considera que uma erupção possa afetar à central de Sendai.

Sendai foi reativada no último dia 11 de agosto após dois anos de blecaute nuclear no Japão motivados pelo acidente causado na central de Fukushima pelo terremoto e tsunami que arrasou o nordeste do país em março de 2011.

Esta central é, além disso, a primeira que opera com um padrão de segurança mais severo estabelecido pela NRA em 2013 para reforçar a proteção das instalações contra fenômenos naturais.

A reativação de usinas nucleares é uma medida rejeitada por mais da metade dos japoneses, segundo mostram as enquetes, por considerar que poderia repetir-se uma tragédia como a de Fukushima. EFE

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