Japão e China realizam primeira reunião ministerial após 2 anos de tensões

  • Por Agencia EFE
  • 08/11/2014 08h19
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Pequim, 8 nov (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores da China, Wang Yi, e do Japão, Fumio Kishida, encontraram-se neste sábado em Pequim, o primeiro em nível ministerial que ambos os países realizam após dois anos de tensões bilaterais.

Os chanceleres dos dois países não se reuniam desde setembro de 2012, quando o Japão nacionalizou três ilhas do arquipélago Diaoyu/Senkaku, que é reivindicado pela China, o que deu início a 24 meses de paralisia dos laços políticos e diplomatáticos bilaterais.

A agência oficial “Xinhua” informou brevemente sobre o encontro, ocorrido à margem do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec).

A imprensa japonesa afirmou que Kishida tentou desbloquear as reservas chinesas a um encontro bilateral em nível ainda maior, entre o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro- ministro do Japão, Shinzo Abe, que participará da cúpula de líderes da Apec nos dias 10 e 11 de novembro.

Ontem, o conselheiro de Estado chinês Yang Jiechi, e o conselheiro de Segurança Nacional japonês, Shotaro Yachi, reuniram-se.

No encontro ambos reconheceram as “diferenças” em diversos aspectos da política bilateral, mas se comprometeram a trabalhar para que essas divergências “não se transformem em obstáculos políticos ou em um inesperado conflito maior”.

China e Japão tiveram conflitos nos últimos meses em função das visitas e homenagens de Abe ao santuário Yasukuni, um templo xintoísta de Tóquio que rende homenagem, entre outros, a criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, quando o exército japonês invadiu boa parte do território chinês.

O secretário de Estado americano, John Kerry, que está em Pequim devido às reuniões do Apec, comemorou hoje em entrevista coletiva os gestos de reconciliação entre as duas potências asiáticas.

Kerry declarou na capital chinesa, depois de se reunir separadamente com os dois chanceleres ontem à noite, que os Estados Unidos “dá as boas-vindas a esta iniciativa”, já que “qualquer passo que os dois países possam tomar para reduzir tensões ajuda não só a eles, mas a região”. EFE

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