Japão pede que Coreia do Norte abandone “atos de provocação”

  • Por Agencia EFE
  • 21/08/2015 02h57
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Tóquio, 21 ago (EFE).- O Japão pediu nesta sexta-feira que a Coreia do Norte se abstenha de realizar “atos de provocação” em meio à crescente tensão na península coreana depois que na quinta-feira Norte e Sul trocaram disparos de artilharia na fronteira.

O governo japonês está “muito preocupado” pelas tensões geradas pelo incidente, informou hoje o ministro porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, durante uma entrevista coletiva recolhida pela agência japonesa “Kyodo”.

Enquanto se coordena com Seul e Washington, Tóquio está tomando “medidas necessárias”, como a compilação e a análise de informação relevante, acrescentou Suga.

O ministro de Defesa japonês, Gen Nakatani, que falou separadamente com a imprensa, declarou que ainda é preciso analisar se o desenvolvimento dos eventos poderia gerar “um impacto imediato” na segurança do Japão.

Este episódio de tensão, um dos maiores nos últimos anos, explodiu na quinta-feira, quando o Exército Popular norte-coreano disparou artilharia contra a área onde se encontra a unidade militar sul-coreana de Yeoncheon na Zona Desmilitarizada, sem que se registrassem danos humanos ou materiais.

A Coreia do Sul respondeu com várias dezenas de projéteis rumo ao Norte e elevou ao máximo sua preparação militar perante a possibilidade de uma escalada do conflito.

Por sua parte, Pyongyang ameaçou de novo em efetuar ações militares se a Coreia do Sul não retirar os alto-falantes que emitem propaganda anti-norte-coreana na fronteira antes das 17h de sábado.

Além disso, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou hoje às tropas norte-coreanas situadas na primeira linha da fronteira com o Sul que permaneçam prontas para o combate e declarou um “quase estado de guerra” com o país vizinho.

Norte e Sul permanecem tecnicamente enfrentados desde a Guerra da Coreia (1950-53), que finalizou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo. EFE

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