Japão publica fotos de plataformas chinesas próximas à fronteira marítima

  • Por Agencia EFE
  • 23/07/2015 03h25
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Tóquio, 23 jul (EFE).- O governo do Japão publicou nesta quinta-feira imagens de várias plataformas construídas pela China para exploração de jazidas de gás perto da região que delimita a fronteira marítima entre os dois países, um projeto questionado por Tóquio e que tem aumentado as tensões diplomáticas.

As fotos, obtidas pelo Ministério da Defesa e divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão, mostram 12 das 16 estruturas erguidas pela China desde 2013 (cinco delas no ano passado) nesta região do Mar da China Oriental.

Algumas das plataformas foram construídas no que Tóquio considera a “linha geográfica equidistante” entre os dois países. Segundo as coordenadas divulgadas pelo governo japonês, as estruturas estão instaladas em uma faixa de cerca de 150 quilômetros de comprimento, situada a 300 quilômetros da cidade de Taizhou (na costa leste chinesa) e a 400 da ilha de Amami (no sudoeste do Japão).

O Japão já pediu à China que interrompa a construção dessas plataformas por suspeitar que algumas delas tenham capacidade de abrigar instalações militares, com o objetivo de vigiar as atividades das tropas do país nas ilhas Senkaku, administradas por Tóquio, porém reivindicadas por Pequim.

Além disso, e apesar dos dois governos não estabelecerem em um mútuo acordo sobre um limite que divida com exatidão suas respectivas zonas econômicas exclusivas no Mar da China Oriental, Tóquio considera que Pequim está explorando recursos de forma “unilateral”.

A ação contraria um acordo assinado em 2008 para exploração conjunta de jazidas, segundo o Japão, que pede ao governo chinês a negociar um tratado que atenda ao assinado há sete anos.

O porta-voz do governo do Japão, Yoshihide Suga, explicou que o país decidiu publicar as fotos depois de a China não ter mostrado intenção de suspender as atividades apesar dos protestos.

Suga também afirmou que a expansão marítima da China desperta cada vez mais interesse na comunidade internacional e lembrou que as ilhas artificiais construídas por Pequim são vistas em Tóquio como uma “ação coercitiva” para alterar o status quo da região. EFE

(foto)

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