Japão ressalta dever de “não repetir a história” da II Guerra Mundial

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2015 02h17

Tóquio, 15 ago (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ressaltou neste sábado o compromisso de “não repetir a história” para as gerações futuras no memorial para lembrar o 70º aniversário da rendição de seu país que pôs fim à Segunda Guerra Mundial.

“Agora, 70 anos depois do fim a guerra, os membros da geração atual renovamos nosso compromisso de não repetir a história para que as gerações vindouras possam olhar para o futuro”, disse Abe durante seu discurso na cerimônia organizada no estádio Nippon Budokan de Tóquio.

“Os filhos e netos (dos mortos durante a guerra) desfrutam hoje da paz e da prosperidade enquanto constroem sua pátria como um país livre e democrático. Isto é graças a esse sacrifício e é algo que nunca esqueceremos”, acrescentou Abe.

Após o discurso do primeiro-ministro o público fez um minuto de silêncio em memória das vítimas do conflito.

Em seguida falou o imperador, Akihito, que pronunciou seu discurso, como é de costume, olhando para o altar dedicado aos espíritos daqueles que morreram devido à guerra.

Akihito admitiu sentir uma “profunda tristeza” pelas “inumeráveis vítimas que perderam a vida” e suas famílias.

“Ao refletir sobre o passado, desejo que nunca volte a repetir-se a tragédia causada pela guerra, e com isto dou meu pêsame junto com todo o povo japonês por todas aquelas vítimas da guerra”, declarou o imperador, que expressou seus desejos de que haja “paz no mundo” e “prosperidade” no Japão.

Países vizinhos como China e Coreia do Sul, que sofreram a brutal colonização japonesa antes e durante a Segunda Guerra Mundial, observam com atenção a efeméride, celebrada em ambos países como dia da independência, e especialmente as palavras do primeiro-ministro Abe, de quem exigiram desculpas sinceras.

No entanto, Abe, conhecido por suas tendências revisionistas, evitou em seu discurso oficial da véspera emitir uma contundente mensagem de desculpa, embora tenha pedido perdão pela dor causada e manteve as declarações de governos anteriores, que então lamentaram e pediram perdão pelas ações do Japão imperial. EFE

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