Japão vai acelerar construção de depósitos nucleares para Fukushima

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2014 04h43

Tóquio, 9 mar (EFE).- O governo japonês anunciou neste domingo que acelerará a construção de depósitos para armazenar resíduos nucleares após resolver seus desacordos com as autoridades da região de Fukushima sobre a localização destas instalações.

O anúncio foi feito pelo executivo japonês após a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ontem a Fukushima por causa do terceiro aniversário do terremoto e do tsunami de 2011, divulgou a agência “Kyodo”.

Embora estivesse previsto que estes depósitos poderiam abrigar resíduos da central de Fukushima no início de 2015, a construção das instalações estava parada por causa da falta de acordo entre Tóquio e o governo regional sobre o lugar exato onde serão instaladas.

O executivo central decidiu aceitar finalmente o pedido do governo de Fukushima para excluir uma das três cidades dos planos de construção dos depósitos.

Durante sua visita à zona, Abe afirmou que estas instalações são “extremamente para promover a descontaminação” da usina nuclear e de seus arredores, embora não tenha dado mais detalhes sobre as obras.

O governador de Fukushima, Yohei Sato, tinha pedido em meados do mês passado que a cidade de Naraha fosse excluída da lista para os depósitos nucleares, que já tem as cidades de Okuma e Futaba.

Em lugar de um depósito nuclear, Naraha receberá uma fábrica de processamento das cinzas resultantes da incineração de resíduos nucleares.

Naraha ficou menos contaminada que as outras duas cidades próximas à central, e seus representantes políticos rejeitaram a instalação do depósito nuclear.

As mesmas fontes assinalaram que o governo japonês adquirirá os terrenos para instalar os dois depósitos em Okuma e Futaba para garantir sua gestão a longo prazo, em lugar de alugá-los, como foi inicialmente previsto.

Na próxima terça-feira completam três anos do desastre nuclear na central de Fukushima, o pior desde Chernobyl em 1986, e suas emissões afetaram gravemente a agricultura, a pecuária e a pesca local. EFE

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