Jeep confirma interesse no mercado brasileiro, apesar da crise econômica
São Paulo, 18 mar (EFE).- A montadora americana Jeep, que vai inaugurar em abril sua primeira fábrica no Brasil destinada à exportação de veículos para a América do Sul, anunciou nesta quarta-feira que sua estratégia comercial vai “na contramão da crise” econômica prevista para o país em 2015.
“Más notícias não faltam, mas trazemos uma agenda positiva. Para nós, no mundo, o Brasil é o país que simboliza nosso investimento em massa”, afirmou o diretor da Jeep para a América Latina e também diretor-geral da Chrysler Brasil, Sérgio Ferreira, em São Paulo.
Ferreira disse que os problemas políticos e a perspectiva de retração da economia brasileira em 2015 não impedirão a estratégia de expansão da montadora no país, o segundo maior mercado atrás dos Estados Unidos para a Jeep, marca que pertence ao grupo FCA, criado após a fusão de Chrysler e Fiat.
“Nossa estratégia vai na contramão da crise”, ressaltou Ferreira.
O diretor antecipou que a partir de abril, quando será inaugurada a fábrica construída no município de Goiana, no Pernambuco, a Jeep começará a produção do Renegade, um 4×4 urbano médio movido a diesel.
“Estamos prontos para ampliar nossa rede de 45 concessionárias para 120, que serão exclusivas da Jeep”, explicou Ferreira.
O Renegade será lançado oficialmente na próxima semana, mas a inauguração da unidade de Pernambuco está marcada para o dia 28 de abril. Foram investidos R$ 7 bilhões na fábrica e na construção de um polo automotivo inédito no mundo para a montadora.
“A intenção é que a partir do segundo semestre comecem as exportações a países da América do Sul do Renegade”, destacou.
A Jeep vendeu no ano passado 3 mil unidades importadas, mas a nova fábrica terá capacidade de produzir, com custo menor, cerca de 250 mil veículos, indicou Ferreira.
A aposta no Brasil, um dos cinco maiores mercados mundiais de automóveis, é para a Jeep o início da internacionalização da marca que, em 2018, terá fábricas na Itália, na China e na Índia.
A rede de 120 concessionárias em todas as regiões do Brasil terá um investimento de R$ 240 milhões, gerando 1.500 empregos diretos, explicou o executivo. EFE
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