“Jihadi John” morre em ataque da CIA e Reino Unido; operação na Síria é simbólica
O significado da megaoperação desta sexta-feira que matou (13) “Jihadi Jonh”, terrorista britânico do Estado Islâmico, é muito maior que “apenas” a execução de um facínora, avalia o correspondente Jovem Pan em Londres, Ulisses Neto. A informação da morte ainda não foi divulgada oficialmente, mas fontes militares a confirmaram às redes americanas “ABC News” e “CNN” além da rede britânica BBC.
John, nome pelo qual era conhecido Mohammed Emwazi, era uma espécie de ícone para muitos jovens radicalizados no Reino Unido e o número de adolescentes deixando o país para combater ao lado do EI na Síria tem sido assustadoramente alto nos últimos meses. Ele participou de várias decapitações (veja no perfil abaixo).
A principal mensagem do governo britânico ao executar um cidadão do país desta forma em parceria com a CIA é deixar claro que potenciais extremistas na Inglaterra serão caçados. O governo não vai poupar nem mesmo um cidadão britânico para manter a chamada segurança nacional do Reino Unido.
Os espiões do Reino Unido realizaram uma megaoperação em conjunto com a CIA para identificar o paradeiro de Emwazi e ele foi morto em um ataque utilizando drones na região de Raqqa, na Síria. “Jihadi John” e outra pessoa que estava com ele morreram quando as forças dos EUA atacaram o veículo no qual os dois estavam.
Perfil
A identidade deste terrorista foi confirmada no começo do ano. O jovem de 27 anos era nascido no Kuwait, mas foi criado na Inglaterra.
Emwazi se mudou para Londres com a família quando tinha apenas 6 anos. Ele cresceu na região leste da cidade, onde existe uma alta concentração de imigrantes asiáticos e se formou em Ciências da Computação na Universidade de Westminster, nas capital da Inglaterra.
O jovem se juntou ao Estado Islâmico na Síria e ficou famoso por participar da decapitação de reféns em vídeos divulgados na internet.
Entre as vítimas de “Jihadi John”, que ganhou esse apelido por causa do forte sotaque do leste de Londres, estão os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff. O repórter japonês Kenji Goto também foi decapitado com a participação do terrorista britânico.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.