Jihadista John recebeu tratamento na escola para controlar agressividade
Londres, 28 fev (EFE).- O jihadista do Estado Islâmico (EI) conhecido como “John”, identificado como o britânico Mohammed Emwazi, recebeu tratamento na escola para controlar sua agressividade, já que sempre brigava com os companheiros, segundo uma professora.
Mohammed Emwazi, que apareceu nos vídeos que divulgou o EI sobre a decapitação de reféns ocidentais, foi aluno do colégio Quintin Kynaston, ao noroeste de Londres.
Em entrevista à “BBC”, a professora, cujo nome não foi facilitado, disse que o menino necessitava de ajuda para controlar suas emoções, mas seu temperamento melhorou após o tratamento.
Apesar de tudo, a docente afirmou que Emwazi era um aluno “adorável”, com grande interesse por ter êxito na vida.
“Víamos que ficava muito bravo e trabalhamos nisso. Levava muito tempo para acalmá-lo, portanto trabalhamos muito como escola para ajudá-lo com seus ataques de fúria e a controlar suas emoções”, afirmou a professora.
“Na época, pareceu ter dado resultado. Respeitou todo o trabalho que que foi feito por ele em nossa escola”, acrescentou a docente, que especificou que o menino não procedia de um entorno familiar difícil e que deixou o colégio com boas notas.
Emwazi, nascido no Kuwait, tem nacionalidade britânica e era conhecido pelos serviços de segurança do Reino Unido, segundo os meios de comunicação do país.
Apelidado de “Jihadista John”, este membro do EI foi visto pela primeira vez em imagens divulgadas pelo EI através de internet em agosto, quando apareceu no vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley.
O “Jihadista John” também foi visto em vídeos divulgados pelo EI quando decapitou o também jornalista americano Steven Sotloff, o voluntário britânico David Haine, o taxista britânico Alan Henning e o voluntário americano Abdul-Rahman Kassig.
O caso de Emwazi, de 27 anos, chamou a atenção pelo inglês com forte acento britânico falado nos vídeos e porque foi visto colocando uma faca no pescoço dos reféns, a ponto de decapitá-los, antes que fossem cortadas as imagens.
No mês passado, o jihadista foi visto no vídeo no qual apareceram os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, antes que estes fossem assassinados pelo EI.
O governo britânico expressou sua preocupação pelos casos de jovens muçulmanos que viajam à Síria para se unir ao EI.
O último caso é o de três adolescentes de entre 15 e 16 anos, que viajaram recentemente à Turquia para passar depois à Síria. EFE
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