Jihadistas executam 10 jovens xiitas no norte do Iraque
Mossul/Bagdá (Iraque), 25 jun (EFE).- Os jihadistas do denominado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) executaram nesta quarta-feira dez jovens xiitas e explodiram um santuário e uma mesquita dessa seita na periferia da cidade de Mossul, informaram à Agência Efe testemunhas e fontes oficiais.
O presidente da Comissão de Segurança na província de Ninawa, controlada pelos insurgentes sunitas, Mohammed al Bayati, declarou que combatentes desse grupo retiveram 40 jovens em um estádio de futebol na cidade de Al Quba, perto de Mossul.
Bayati explicou que o EIIL depois executou dez deles e detonou explosivos em um santuário xiita nessa mesma cidade.
Por outra parte, um morador da cidade de Al Sharijan, na mesma província, Mehdi al Sharijani, afirmou à Efe que os membros do EIIL destruíram uma mesquita xiita nessa cidade e queimaram duas casas que pertencem a candidatos xiitas às eleições legislativas do último mês de abril.
Perante esta situação, segundo a fonte, milhares de xiitas turcomanos se deslocaram das cidades de Al Rashidiya, Al Sharijan, Al Quba e Talafar, na periferia de Mossul, para outras regiões mais seguras.
Por outro lado, uma fonte dos serviços de segurança da região iraquiana autônoma do Curdistão disse à Efe que suas forças repeliram um ataque dos jihadistas contra a cidade de Al Hamdaniya, a 25 quilômetros ao leste de Mossul e habitada por uma maioria cristã.
A fonte detalhou que os membros do EIIL começaram o ataque com um bombardeio com morteiros, mas as forças curdas repeliram a ofensiva e mataram 16 extremistas.
O governador Nisan Karumi declarou que a cidade foi atacada de forma indiscriminada e que dezenas de famílias se deslocaram ao Curdistão por medo da ofensiva dos insurgentes.
Hoje mesmo, 27 pessoas morreram e 90 ficaram feridas em ataques armados ocorridos em diferentes províncias do país, informou à Efe uma fonte de segurança.
Desde o último dia 10 de junho, quando tomaram a segunda cidade iraquiana, Mossul, os insurgentes passaram a controlar distintas partes do país e enfrentam constamente as forças governamentais. EFE
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