Jihadistas matam e crucificam homem por “heresia” na Síria
Beirute, 5 set (EFE).- O grupo radical Estado Islâmico (EI) matou a tiros um homem e depois o crucificou após acusá-lo de “heresia e apostasia” na cidade de Al Ashara, na província síria de Deir ez Zor, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O Observatório, que cita parentes do falecido, explicou que o objetivo dos extremistas é “aterrorizar seus opositores nas zonas que controlam”, depois que ontem Al Ashara foi palco de protestos contra o EI.
Na quinta-feira, moradores da cidade se manifestaram diante um dos quartéis do EI para protestar contra a presença de bases deste grupo em bairros residenciais, após um bombardeio da aviação do regime sírio contra uma posição dos jihadistas, que deixou um homem, cinco mulheres e dois menores mortos.
Os manifestantes consideravam que o fato de haver quartéis do EI em áreas habitadas por civis faz com que suas casas e suas vidas corram perigo pelos ataques governamentais, embora não sejam alvo deles .
O protesto derivou em enfrentamentos entre os radicais e os moradores de Al Ashara, que lançaram pedras contra a sede do EI, ao qual os islamitas responderam abrindo fogo.
No final, os jihadistas evacuaram o lugar e marcharam aos arredores da cidade, enquanto os manifestantes invadiram o quartel.
No entanto, durante a noite, os membros do EI retornaram ao interior de Al Ashara e realizaram detenções de civis.
O Observatório não precisou se o homem crucificado participou dos protestos.
O EI, de ideologia extremista sunita, proclamou no final de junho um califado no Iraque e Síria, onde tomou amplas partes do território.
Em Deir ez Zor, controla grande parte do centro da província, exceto alguns distritos da capital homônima e seu aeroporto, em mãos das autoridades. EFE
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