João Doria Jr. promete revogar redução nas marginais na 1ª semana de mandato

  • Por Jovem Pan
  • 08/01/2016 10h34
Bárbara Dantine/JP João Dória Júnior participou ao vivo do Jornal da Manhã da Jovem Pan nesta sexta-feira

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo João Doria Júnior prometeu nesta sexta-feira (08) que vai revogar a diminuição da velocidade máxima nas Marginais Pinheiros e Tietê na semana seguinte a uma possível eleição sua em 2016.

“Sendo eleito, tomando posse, aqui é um compromisso com os ouvintes da rádio Jovem Pan, na semana seguinte nós vamos mudar a velocidade nas Marginais”, afirmou o empresário fundador do LIDE (Grupo de Líderes empresariais), que é apoiado pelo governador Geraldo Alckmin na corrida ao Edifício Matarazzo. Doria afirmou que vai voltar às velocidades anteriores à mudança.

Em julho do ano passado, o prefeito Fernando Haddad, que deve concorrer à reeleição pelo PT, mudou de 90 km/h para 70 km/h a velocidade máxima permitida nas pistas expressas, de 70 km/h para 60 km/h nas centrais e de 60 km/h para 50 km/h nas pistas locais da Marginal Pinheiros e Marginal Tietê, duas das principais vias da cidade, que cortam a capital de leste a oeste.

A redução de velocidade também aconteceu em outras dezenas de ruas e avenidas pela capital, especialmente em locais que foram de 60 km/h para 50 km/h.  Casos de “vias rápidas como a Avenida Bandeirantes” (cuja velocidade passou a 50 km/h) serão estudados “rapidamente”, promete também o tucano.

Já outros pontos de redução, no entanto, serão estudados “com calma” antes de qualquer alteração caso Doria seja eleito o novo prefeito, garante o pré-candidato. Ele avalia que “há pontos positivos e pontos negativos” e critica a falta de planejamento.

O principal argumento da atual gestão para a política de diminuição da velocidade é reduzir o número de acidentes e aumentar a velocidade média das vias.

“Fábrica de multa”

O tucano, no entanto, criticou as motivações de Haddad, disse que a mudança “não tem interesse de proteção à vida” e afirmou que a diminuição de velocidade “é um projeto arrecadatório”.

João Doria criticou o que chamou de “fábrica de multa” e levaria a um aumento do orçamento municipal, estimado em R$ 1,5 bilhão por ano apenas em multas. O pré-candidato acusou a empresa terceirizada responsável por registrar as infrações de trânsito em São Paulo (CET) de “ganhar um porcentual pelo volume de multas emitidas”.

Movimentação na pista local da Marginal Pinheiros, cuja velocidade máxima permitida caiu de 70 km/h para 50 km/h (Folhapress)

Ciclovias

Doria criticou também outras políticas de transporte da gestão Haddad, como a a implementação de centenas de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas “sem planejamento”. O empresário e pré-candidato diz que frequenta semanalmente a periferia de São Paulo e vê ciclovias em calçadas estreitas, causando disputa entre o pedestre e o ciclista.

“Não sou contra a ciclofaixa nem à utilização da bicicleta como meio de transporte e lazer”, afirmou João Doria, criticando em seguida o que chamou de “excesso” e “competição para colocar quilômetros de ciclofaixas e ciclovias”, além do custo das obras, que considera exorbitante.

“A falta de planejamento e a falta de estruturação leva à incidência de erros”, afirmou Doria, ainda sobre a política pública de transportes da gestão Haddad. “O principal problema do Fernando Haddad é a má gestão”, acusou.

Outros assuntos

Durante a entrevista, João Doria também defendeu a privatização de grandes marcos da capital, como o estádio do Pacaembu, o sambódromo do Anhembi e o autódromo de Interlagos. O pré-candidato do PSDB ainda defendeu a internação compulsória de adictos da cracolândia e chamou a política de remunerar essas pessoas por trabalhos de limpeza no centro de “bolsa do crack” e “política pela morte”.

Doria ainda criticou a recente proposta de Haddad de realizar eleições diretas nas subprefeituras da capital paulista. Confira a participação completa de João Doria Júnior no áudio do começo do texto.

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