Joaquim Levy defende corte para adequar orçamento à arrecadação
Brasília, 25 mai (EFE).- O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta segunda-feira o corte de R$ 69 bilhões anunciado na sexta-feira, argumentando que o orçamento apresentado pelo governo não estava de acordo com a arrecadação.
O corte do gasto público “era necessário porque a receita prevista no orçamento aprovado há um mês não tinha conexão com a realidade da arrecadação”, declarou Levy a jornalistas.
No entanto, Levy comentou que “não adianta a gente inventar novos impostos como se fosse isso que salvaria a economia brasileira”.
Na própria sexta-feira o governo afirmou que estima que o PIB deve encolher 1,2%, percentual pior do que a redução de 0,9% prevista no início do ano.
“Este plano de contingências se deu com o valor adequado e é uma das políticas que estão sendo postas em práticas. O corte não põe em risco o crescimento econômico”, disse Levy, que alertou: “temos que ir com cautela e equilíbrio. Fizemos o ajuste porque o PIB (Produto Interno Bruto) estava devagar”.
Para Levy, a contração prevista para este ano “não deve surpreender”, mas requer que o país adote um “ajuste estrutural” com “coisas mais profundas” para retomar o crescimento.
O corte da sexta-feira faz parte de um plano de ajuste fiscal que inclui outra série de medidas para aumentar a arrecadação, especialmente mediante um aumento da carga tributária, mas que ainda dependem da aprovação do Congresso. EFE
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