Jordânia afirma que não houve troca em libertação do embaixador na Líbia

  • Por Agencia EFE
  • 13/05/2014 12h31
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Amã, 13 mai (EFE).- O ministro jordaniano de Relações Exteriores, Nasser Yudeh, negou nesta terça-feira uma “troca” com um preso líbio pela libertação do embaixador jordaniano na Líbia, Fauaz al Aytan, que ficou sequestrado durante um mês em Trípoli.

Em entrevista coletiva, Yudeh afirmou que a extradição do preso extremista líbio Mohammed al Dursi era um tema que já abordavam ambos os países desde antes do sequestro.

“A libertação do embaixador não foi resultado de um acordo ou troca”, ressaltou o ministro, que apontou que a libertação de Dursi se inscreve no “acordo de Riad para a troca de presos entre os governos árabes”.

Yudeh reconheceu, no entanto, que o sequestro de Al Aytan, em 15 de abril, “acelerou o processo de extradição de Dursi”, que chegou à Líbia no mesmo avião que posteriormente transportou hoje o embaixador jordaniano em Amã.

Sobre a possibilidade de Dursi não ir para prisão na Líbia, Yudeh assinalou que “o Estado jordaniano o extraditou às autoridades libanesas sob um memorando de entendimento”, e que o que estas decidam fazer a respeito não lhes “preocupa”.

O grupo armado autor do sequestro pediu em troca do embaixador a libertação de Dursi, preso na Jordânia por seu envolvimento em um atentado frustrado no aeroporto de Amã em 2007 e por pertencer ao braço iraquiano da Al Qaeda.

Em seu retorno à Jordânia, no aeroporto militar de Marka, Aytan disse à imprensa que durante o sequestro foi tratado “com respeito” e não sofreu maus tratos.

Sobre as negociações, Yudeh explicou que foram longas e estiveram administradas pelo Ministério das Relações Exteriores e o departamento de Inteligência, com uma equipe líbia liderada pelo embaixador líbio na Índia, Ali Isawi.

“As negociações duraram um mês até que foi alcançado um acordo na segunda-feira passada pela noite, após vários inconvenientes durante as últimas quatro semanas”, acrescentou.

Além disso, Yudeh qualificou de “totalmente incertas” as informações que asseguram que os sequestradores pediram também a libertação de Omar Othman, conhecido como Abu Qatada, um líder salafista que foi libertado pelo Reino Unido e enviado à Jordânia, onde enfrenta acusações de terrorismo perante o Tribunal de Segurança do Estado.

Yudeh também negou os relatórios que incluem os Estados Unidos e França como partes da negociação.

“Nenhum estado participou (na negociação), embora recebemos ofertas para ajudar por parte dos diplomatas de vários países em Trípoli”, disse. EFE

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