Jordânia afirma que piloto refém do Estado Islâmico morreu em 3 de janeiro
Amã, 3 fev (EFE).- As Forças Armadas da Jordânia informaram que o piloto Moaz Kasasbeh, cujo assassinato foi reivindicado nesta terça-feira pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em um vídeo no qual o mostra supostamente sendo queimado vivo, teria morrido no dia 3 de janeiro.
Em comunicado divulgado pela rede de televisão estatal, que também exibiu uma faixa preta em sinal de luto e uma foto do piloto jordaniano, as Forças Armadas prometeram “vingança” por este assassinato.
“Desde o primeiro momento, quando foi o piloto sequestrado pelo EI, as Forças Armadas jordanianas, apoiadas por todas as instituições (do país) tentaram salvá-lo das mãos covardes dessa máfia de criminosos, mas eles decidiram dar um triste final a sua vida”, disse a mensagem.
Parentes do piloto afirmaram à Agência Efe que o exército deu a notícia à família de Kasasbeh.
Nas ruas da capital Amã, dezenas de pessoas, entre elas amigos da família de Kasasbeh, responsabilizaram pela morte do piloto o governo jordaniano, o rei Abdullah II e a coalizão internacional contra os jihadistas, liderada pelos Estados Unidos e da qual a Jordânia participa.
“Quem tem a responsabilidade é o regime jordaniano, o chefe do regime, os EUA e a aliança militar”, disse o ex-parlamentar Ali Dalain em entrevista na região de Karak, da qual Kasasbeh.
Além disso, pelo menos três simpatizantes da rede terrorista Al Qaeda que tinham sido condenados a morte na Jordânia foram transferidos ao presídio de Suwaqa, a 70 quilômetros ao sul de Amã, onde costumam acontecer as execuções, disseram à Efe fontes ligadas a suas famílias.
As fontes consideraram que as autoridades jordanianas poderiam executar alguns membros da Al Qaeda já condenados à morte como vingança pela morte de Kasasbeh.
Em um vídeo divulgado hoje na internet, os radicais mostraram Kasasbeh em uma jaula e sendo borrifado com um líquido inflamável antes de lhe atearem fogo.
O militar jordaniano foi capturado pelos extremistas no dia 24 de dezembro enquanto participava de uma ofensiva aérea da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI. EFE
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