Jornal pró-governo turco publica capa de Merkel como “Senhora Hitler”

  • Por EFE
  • 17/03/2017 13h26
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Angela Merkel lamentou o ataque a shopping de Munique

EFE Angela Merkel lamentou o ataque a shopping de Munique

O jornal pró-governo da Turquia “Günes” estampa nesta quinta-feira nas versões imprensa e online uma montagem da chanceler alemã, Angela Merkel, com uniforme nazista e o título “Frau Hitler” ou “Senhora Hitler”, no mais novo capítulo das tensões entre os Executivos em Ancara e a União Europeia (UE).

A chanceler aparece usando o uniforme nazista, com o bigode que caracterizava o ditador Adolf Hitler e a chamada “Merkel disse que estava feliz com a vitória do fascista Rutte (o primeiro-ministro Mark Rutte) nas eleições holandesas”.

A capa sai após as autoridades turcas acusarem Alemanha e Holanda de “fascistas” e “nazistas” por proibirem comícios de ministros em seu território em favor da reforma constitucional para transformar a Turquia em um sistema presidencialista. O “Günes” acusa Merkel de “tomar a liderança dos fascistas” e de utilizar outros países, como Áustria, Holanda e Bélgica, para atacar à Turquia.

Não é a primeira vez que esta publicação da imprensa marrom e tiragem nacional estampa a chanceler na capa disfarçada de Hitler para acusá-la de atacar à Turquia e seu presidente, Recep Tayyip Erdogan. Há uma semana, quando o conflito diplomático com este país começou, o jornal apresentou também na primeira página Merkel com o bigode de Hittler, fazendo a saudação e com o título “Então não faça coisas de nazistas”.

As referências à Alemanha nazista nas capas dos jornais turcos foram recorrentes no último um ano e meio, após o acordo sobre os refugiados com a União Europeia, onde a Turquia ainda aspira entrar. Também pelos enfrentamentos entre as forças de segurança turcas e o banido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as acusações de Ancara de que a Alemanha patrocina membros desta guerrilha.

O Executivo turco garantiu que entregou 4.500 documentos à Alemanha sobre supostos terroristas vivendo nesse país e que Berlim nada fez a respeito.

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