Jornalista americano é libertado pelos rebeldes houthis no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2015 14h04

Sana, 2 jun (EFE).- O movimento rebelde dos houthis libertou o jornalista americano Casey Coombs, detido no Iêmen desde meados de maio, e que foi entregue às autoridades omanenses que intervieram no caso.

Segundo informaram nas últimas horas fontes de segurança iemenitas à Agência Efe e ao Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ, em inglês) em comunicado, Coombs chegou em bom estado a Omã.

O sequestro do americano, que trabalhava desde 2012 em Sana como informador independente para meios de comunicação como “Time” e “The Intercept”, não foi divulgado a pedido de sua família, de acordo com o Departamento de Estado americano.

Coombs disse em artigo no mês passado que estava tentando abandonar o país, mas que tinha dificuldades para encontrar uma saída segura.

O coordenador do CPJ para o Oriente Médio, Sherif Mansur, afirmou na nota que “o calvário (de Coombs) é emblemático dos muitos perigos que afrontam hoje os jornalistas no Iêmen”.

Mansur denunciou a difícil situação da maioria dos repórteres iemenitas, retidos entre as forças houthis e seus rivais e em “constante perigo de sequestro ou agressão”.

As fontes de segurança consultadas pela Efe precisaram que, além de Coombs, os houthis libertaram um estudante de Cingapura, que não foi identificado.

Ambos foram entregues a responsáveis de segurança de Omã que se deslocaram a Sana para recolhê-los em um avião, que também foi utilizado para transferir cidadãos iemenitas a Mascate.

Segundo as mesmas fontes, os rebeldes xiitas ainda detêm três americanos: dois que têm dupla nacionalidade, a americana e a iemenita; e um de origem somali, identificado como Sharif Mubli e acusado de estar ligado à Al Qaeda.

Os jornalistas foram alvo de assédio e ataques no Iêmen desde que a milícia houthi tomou o controle de amplas zonas do território no começo do ano.

Na semana passada, os corpos de dois jornalistas iemenitas que tinham sido sequestrados pelos houthis foram achados entre os escombros de um edifício destruído por um bombardeio da coalizão, segundo o CPJ.

Outros três empregados de meios de comunicação morreram em um ataque aéreo da aviação da coalizão -liderada pela Arábia Saudita- em abril em Sana.

Esta aliança militar declarou em 26 de março a guerra aos rebeldes xiitas do Iêmen, que tentam arrebatar o poder do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, refugiado desde então em Riad. EFE

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